Pyongyang condena norte-americano a 15 anos de trabalhos forçados. Segundo governo norte-coreano, Kenneth Bae admitiu ter cometido crime para “derrubar país”
A agência estatal norte-coerana KCNA informou nesta quinta-feira (02/05) que o norte-americano Kenneth Bae foi condenado pelo Supremo Tribunal do país a 15 anos de “trabalhos forçados”. Até agora, não existem informações oficiais sobre qual seria o crime praticado pelo norte-americano.
Bae viajou para a Coreia do Norte em novembro do ano passado acompanhado de quatro turistas. Na ocasião, o norte-americano de 44 anos, que trabalha como operador de turismo, entrou na cidade de Rason, no nordeste da Coreia do Norte, onde, segundo informações do governo norte-coreano, teria cometido “um delito”.
Bae tem também cidadania sul-coreana – seu nome coreano é Pae Jun-Ho. Segundo o governo dos EUA, ele tinha um visto válido para entrar na Coreia do Norte. Pyongyang afirma que Bae admitiur ter cometido um crime com o objetivo de “derrubar o país”.
De acordo com informações da Agência Efe, a notícia da condenação de Bae foi divulgada horas depois da imprensa local admitir a possibilidade de o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter viajar em breve à Coreia do Norte como parte dos esforços para tentar libertá-lo e acalmar a tensão com Pyongyang.
Bae é o sexto norte-americano detido pela Coreia do Norte desde 2009. Todos os outros foram liberados. Em 2010, o ex-presidente Jimmy Carter negociou a liberação de Aijalon Mahli Gomes, condenado a oito anos de trabalho forçado.