Historiador se suicida em Notre Dame após protestar contra casamento gay. Ativista de direita de 78 anos se matou a tiros diante do altar da igreja. Pouco antes, ele publicou post chamando união gay de ‘lei infame’
com Daily Mail
O historiador francês Dominique Venner, de extrema-direita, cometeu suicídio nesta terça-feira (21) na catedral de Notre Dame de Paris, pouco depois de ter publicado em seu site um post protestando contra o casamento gay.
O texto do ativista de 78 anos chama o casamento igualitário, promulgado pelo presidente francês François Hollande no sábado, de “lei infame”.
As mais de 1,5 mil pessoas presentes na catedral no momento do disparo foram imediatamente evacuadas pela polícia.
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O ministro do Interior francês, Manuel Valls, que se dirigiu à catedral de Notre-Dame pouco depois do suicídio do escritor, disse que esta foi a morte de “um homem desesperado”. “É um drama sem precedentes e eu estou aqui para testemunhar a dor e a solidariedade da França com a Igreja católica”, concluiu.
Nas últimas semanas, o escritor apoiou o grupo contrário à lei, aprovada recentemente, que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ele escreveu em seu blog que os manifestantes “têm razão de gritar sua raiva” e que “uma lei infame, uma vez votada, pode sempre ser revogada”.
“Serão necessárias, com certeza novas ações, espetaculares e simbólicas para mexer nos sonos, nas consciências anestesiadas e despertar a memória de nossas origens. Entramos em um tempo em que as palavras devem ser concretizadas por nossas ações”, foi a última mensagem publicada por Venner na Internet.
Segundo os primeiros elementos da investigação, ele se matou a tiros, diante do altar.