Pirâmide maia de 2.300 anos é destruída
“É inacreditável que alguém de fato tenha tido o descaramento de destruir esta construção. Não há, absolutamente, nenhuma possibilidade de que eles não soubessem que aqueles eram montes maias”, diz o arqueólogo John Morris
Autoridades de Belize, na América Central, confirmaram nesta terça-feira (14) que uma escavadeira destruiu uma das maiores pirâmides maias do país durante a construção de uma estrada. O chefe do Instituto de Arqueologia de Belize, Jaime Awe, disse que o templo Noh Mul foi destruído quando operários de uma empreiteira buscavam cascalho para preencher buracos na estrada antes de ela ser pavimentada.
Construído na era pré-colombiana, o templo datava de 2.300 anos e apenas uma pequena parte da pirâmide permaneceu de pé.
A polícia diz que está investigando o incidente, mas arqueólogos belizenhos dizem que esta não é a primeira ocorrência de um incidente desse tipo. “A destruição de montes maias para preenchimento de estradas é um problema endêmico em Belize”, diz o professor Normand Hammond.
A relíquia arqueológica ficou reduzida a escombros.
Arqueólogos locais disseram que foram alertados sobre a destruição no fim da semana passada. O complexo maia está localizado em terras particulares, mas de acordo com a legislação belizenha, quaisquer ruínas pré-hispânicas estão sob proteção do governo. Segundo John Morris, do Instituto de Arqueologia de Belize, os operários sabiam o que estavam fazendo.
“É inacreditável que alguém de fato tenha tido o descaramento de destruir esta construção. Não há, absolutamente, nenhuma possibilidade de que eles não soubessem que aqueles eram montes maias”, afirmou.
Promotores locais consideram apresentar acusações criminais contra a empreiteira.