Cidade experimenta uma forma alternativa de lidar com a falta de trabalho, o estouro da bolha imobiliária e a deterioração econômica do país
Em meio à crise financeira que vem se arrastando há quase cinco anos, a cidade de Marinaleda, no sul da Espanha, tem experimentado uma forma alternativa de lidar com a falta de trabalho, o estouro da bolha imobiliária e a deterioração econômica do país.
Localizada na Andaluzia, a região espanhola onde uma em cada três pessoas está sem emprego, Marinaleda adotou um sistema de fazendas coletivas, onde todos dividem o trabalho.
A agricultura emprega metade da população da cidade, e essas fazendas são uma amostra dos ideais socialistas que predominam na localidade.
O Partido da Esquerda Unida está à frente da prefeitura, e o prefeito, Juan Manuel Sanchez, quer criar uma espécie de utopia comunista em Marinaleda.
Construindo casas
Sanchez causou polêmica no ano passado quando junto com seus partidários roubou comida dos supermercados para dar para os pobres.
Ele diz que é preciso repensar os valores consumistas que permeiam a sociedade atual.
Além das fazendas, a cidade adotou a construção de casas com a ajuda da própria prefeitura e com mão de obra dos próprios moradores – evitando novos empréstimos bancários.
No primeiro trimestre deste ano, os espanhóis amargaram uma taxa de desemprego de 27%, a segunda maior da União Europeia após a Grécia.
A Andaluzia causou preocupação em Madri pelo grande número de pessoas que perderam suas casas por inadimplência depois da implosão do mercado imobilário espanhol.
BBC Brasil
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