Com todas as atenções voltadas para os protestos em várias cidades brasileiras, Comissão de Direitos Humanos aprova 'cura gay'. Votação é vitória de Feliciano e da bancada evangélica, que tenta avançar com o projeto há dois anos
Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou, nesta terça-feira (18), a proposta conhecida como “cura gay”. O projeto permite que psicólogos realizem “tratamento” com o objetivo de reverter à homossexualidade.
A proposta aprovada nesta terça-feira anula um artigo da resolução que determina que “os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica”.
Na justificativa do documento, o deputado João Campos (PSDB-GO), autor do projeto, afirma que o conselho “extrapolou seu poder regulamentar” ao “restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional”.
A votação é uma vitória da bancada evangélica, que tenta avançar com o projeto há dois anos.
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Antes de virar lei, o projeto ainda terá de ser analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça até chegar ao plenário da Câmara. Se aprovada pelos deputados federais, a proposta também terá de ser submetida à análise do Senado. Somente então a matéria seguirá para sanção ou veto da Presidência da República.
Sessão
Em contraste com as primeiras sessões presididas por Marco Feliciano, marcadas por tumultos e protestos de dezenas de integrantes de movimentos LGBT e evangélicos, a sessão desta terça atraiu poucos manifestantes. No fundo do plenário, um rapaz e uma garota ergueram cartazes durante o encontro do colegiado protestando contra o projeto da cura gay.
Uma das cartolinas dizia “não há cura pra quem não está doente”. Já o outro manifesto ressaltava “o que precisa de cura é homofobia”.
com agências
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