Religiosidade poderia ser tratada como doença mental, diz neurocientista
Neurocientista afirma que a religiosidade poderia ser tratada como doença mental
Uma pesquisadora da Universidade de Oxford, e autora especializada em neurociência sugeriu recentemente que um dia o fundamentalismo religioso pode ser tratado como uma doença mental curável. Kathleen Taylor, que se descreve como uma “escritora de ciência filiada ao Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética”, fez a sugestão durante uma apresentação sobre a pesquisa do cérebro no Festival literário no País de Gales na última semana.
Em resposta a uma pergunta sobre o futuro da neurociência, a pesquisadora afirmou que “uma das surpresas pode ser a de ver pessoas com certas crenças como pessoas que podem ser tratadas [clinicamente]“.
– Alguém que tem, por exemplo, torna-se radical a uma ideologia de culto – nós podemos parar de ver isso como uma escolha pessoal resultado de puro livre-arbítrio e começar a tratá-lo como algum tipo de distúrbio mental – afirmou a cientista, segundo o Huffington Post.
– Em muitos aspectos, poderia ser uma coisa muito positiva, porque não há dúvida de crenças em nossa sociedade que fazem muitos danos – completou.
Ela afirmou ainda que não estava apenas se referindo aos candidatos óbvios, como o islamismo radical”, mas também exemplificou tais crenças como a ideia de que bater em crianças é aceitável.
Esse não é um tema novo na carreira acadêmica de Taylor, que em 2006 escreveu um livro sobre o controle da mente chamado de “Brainwashing: The Science of Thought Control” (Lavagem cerebral: A Ciência de controle do pensamento, em tradução livre), que explorou a suposta ciência por trás das táticas persuasivas de cultos e grupos como a al Qaeda.