Vítimas de abusos sexuais pedem a Papa Francisco que João Paulo II não seja canonizado. Grupo quer que processo de canonização só seja feito após investigações de acusações de pedofilia na Igreja Católica
Organizações ligadas às vítimas de abusos sexuais no México apelaram ao Papa Francisco que vete o processo de canonização de João Paulo II. O grupo pede que o ex-pontífice polonês não seja considerado santo até o fim das investigações de pedofilia que o Comitê de Direitos Humanos da ONU faz ao Vaticano.
Um grupo de ativistas e acadêmicos mexicanos, inclusive, lançou uma campanha internacional contra a canonização de Karol Wojtyla com o argumento que ele encobriu casos de pedofilia e pederastia na sua época de pontífice.
Segundo informações da Agência Ansa, os ativistas afirmam que o papa Francisco deveria rever o processo de canonização até que a ONU (Organização das Nações Unidas) conclua se a Igreja Católica, como entidade, teve participação ou não nos processos de abusos contra crianças e adolescentes.
“O Pontificado de João Paulo II ficou marcado por uma crise provocada pelos milhares de casos de abusos sexuais de sacerdotes contra crianças”, disse o ex-padre Alberto Athié, um dos maiores opositores à ordem Legionários de Cristo.
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Há duas semanas, o Vaticano anunciou que o Papa Francisco decidiu aprovar uma lei que criminaliza qualquer abuso físico ou sexual a menores de idade. A Igreja Católica já considerava crime atos violentos contra crianças e adolescentes, no entanto, a lei não abrangia a cidade-estado do Vaticano, que tem sua própria legislação e onde centenas de pessoas têm residência fixa. A notícia veio um dia após o anúncio que a ONU enviou uma lista de questionamentos ao Vaticano sobre abusos sexuais de menores cometidos por padres católicos.
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