Andréia Pesseghini, morta em chacina, havia feito denúncias contra colegas da PM. Ex-chefe afirma que poucos sabiam das denúncias e diz “não estar convencido” de que o menino seja responsável pelas execuções
Em entrevista à rádio Bandeirantes, o coronel Wagner Dimas, comandante do 18º Batalhão da PM, afirmou que a cabo Andréia Regina Pesseghini, morta em chacina na última segunda-feira (5), havia feito denúncias contra colegas policiais por envolvimento com roubo a caixas eletrônicos.
O coronel, que era chefe de Andréia, afirmou à rádio que apenas um grupo muito restrito de oficiais sabia das denúncias feitas por ela. Ele afirma “não estar convencido” da versão da PM de que o filho da oficial, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, tenha executado a mãe, o pai, a avó e uma tia-avó.
Dimas também assegurou que a investigação a partir da denúncia feita por Andréia não chegou a nenhuma conclusão, mas que alguns policiais foram transferidos para o setor administrativo ou até para outros batalhões. No entanto, o coronel também relata que sua subordinada nunca havia citado qualquer tipo de ameaça.
Questionado sobre o assunto, o delegado Itagiba Franco, titular do Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, responsável pela investigação do crime, disse que desconhece essa denúncia. Para o delegado, “não há dúvidas no caso”: a polícia afirma estar convencida de que o adolescente matou a família e depois se suicidou.
com Rádio Bandeirantes