Judoca cubano revelou o valor do suborno que teria recebido no Mundial do Rio de Janeiro e completou: "Eu não podia falhar com o meu treinador, com o meu povo e com a revolução que sempre nos ensinou a ter honra e dignidade antes de tudo"
O judoca cubano Asley González revelou o valor do suborno que teria recebido no Mundial do Rio de Janeiro. Após a declaração do vice-presidente de Cuba Miguel Díaz-Canel de que teriam tentado comprar o atleta, ele veio a público esclarecer o caso. Segundo González, foi oferecido a ele um valor entre US$ 15 e 20 mil (cerca de R$ 47 mil) para que perdesse propositadamente na final da categoria até 90 kg.
“Mostraram estas cirfras para mim em um celular e pediram para que eu perdesse na final, mas meu sonho era ser campeão do mundo e meus princípios não me deixaram nem hesitar em negar”, esclareceu o judoca em entrevista os site de esportes de Cuba, Jit.
No último domingo (1º/9), o cubano conquistou o ouro no Mundial do Rio após lutar contra o georgiano Varlam Liparteliani na final. Ele garantiu uma das duas medalhas de ouro de Cuba na competição, que também conquistou um ouro com a judoca Idalys Ortiz.
“Eu não podia falhar com o meu treinador Justo Noda, com o meu povo e com a revolução que sempre nos ensinou a ter honra e dignidade antes de tudo”, completou.
O acontecimento veio à tona após declaração do vice-presidente de Cuba Miguel Díaz-Canel declarar em coletiva de imprensa no retorno dos atletas ao país após o Mundial que González teria sido alvo de uma tentativa de suborno. Na ocasião, porém, ele ainda não divulgou o valor do suborno nem para qual luta era. O autor do aliciamento, porém, não foi divulgado.
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Cuba ficou em terceiro lugar no Mundial, com três medalhas: duas de ouro e uma de bronze. O primeiro colocado foi o Japão, com quatro ouros, uma prata e quatro bronzes e, em segundo lugar ficou a França, com dois ouros, duas pratas e quatro bronzes.
Não é por dinheiro
A declaração do judoca cubano reforça o posicionamento dos médicos cubanos que chegaram recente ao Brasil para participar do Programa Mais Médicos, do governo ferderal, e que irá levar profissionais da saúde para as regiões remotas do país.
Na semana passada, o Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), promoveu um lamentável e racista protesto contra os médicos cubanos que foram vaiados e chamados de “escravos” e “incompetentes”.
O médico cubano Juan Delgado, que foi vaiado e chamado de “escravo” por médicos do Ceará, deu uma lição de dignidade ao responder às ofensas e afirmou que a solidariedade cubana não é motivada por dinheiro. Em entrevista, Delgado se mostrou surpreso com as atitudes dos colegas brasileiros e disse que não entendeu o motivo da hostilidade, já que está no país para ser “escravo da saúde e dos pacientes doentes, pelo tempo que for necessário”.
Vermelho e Agências