Julian Assange perde eleições para o Senado australiano. Fundador do Wikileaks concorreu a uma cadeira mesmo asilado em embaixada em Londres
Enquanto o novo primeiro-ministro conservador da Austrália, Tony Abbott, prepara-se para formar seu governo após vencer as eleições do último sábado (08/09), a complexa contagem das preferências ao Senado continua, mas uma coisa já é certa: o criador do Wikileaks, Julian Assange, não está entre os eleitos.
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Assange disputou o pleito como líder de um partido com o mesmo nome do site que fundou, e esperava livrar-se do exílio na embaixada equatoriana em Londres conquistando uma cadeira no congresso australiano. Formado no início de 2013 e registrado apenas em julho, o Wikileaks Party apresentou sete candidatos em três estados da federação, alcançando 25.667 votos primários, 1,19% do total.
Entrevistado pela radio local ABC, Assange garantiu estar satisfeito com o apoio recebido e prometeu candidatar-se nas próximas eleições, daqui a três anos. “Creio que foi um bom resultado. Tínhamos um líder e candidato bloqueado por 400 dias em uma embaixada estrangeira do outro lado do mundo, com nove horas de fuso horário e com a comunidade bancária internacional contra nós, interferindo até nas doações feitas”, acrescentou.
Opera Mundi