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Luiz Gushiken morre em São Paulo

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Ex-ministro estava internado em São Paulo, onde lutava contra um câncer abdominal. Luiz Gushiken, 63, era bancário e administrador, formado na Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Luiz Gushiken morre aos 63 anos após travar luta contra o câncer (Arquivo)

O ex-ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva e um dos fundadores do PT Luiz Gushiken morreu no início da noite desta sexta-feira (13), em São Paulo, aos 63 anos. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, onde lutava contra um câncer na região abdominal.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital. Ele estava afastado da política nos últimos anos por conta da doença.

Seu corpo será sepultado no Cemitério do Redentor, em São Paulo, neste sábado (14), às 16 horas, onde também acontecerá o velório.

Luiz Gushiken era bancário e administrador, formado na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, em 1979.

Nascido em Osvaldo Cruz (SP) em 1950, o político deu início à militância na tendência Liberdade e Luta (conhecida como Libelu), braço estudantil da trotskista Organização Socialista Internacionalista (OSI) da qual o ex-ministro Antonio Palocci fazia parte. Tornou-se funcionário do Banespa em 1970, onde fez carreira como sindicalista.

Em 1980, participou da fundação do PT e da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Foi deputado federal por três mandatos, de 1987 a 1999. Também coordenou as campanhas presidenciais de Lula em 1989 e 1998.

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Quando o PT saiu vitorioso nas urnas, em 2002, Gushiken assumiu, no ano seguinte, a chefia da Secretaria de Comunicação da presidência da República após fazer parte da equipe de transição.

Em 2012, ele foi absolvido do crime de peculato no processo do mensalão pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) já tinha indicado ao Supremo, nas alegações finais, que ele não deveria ser condenado porque não havia provas contra ele.

O ex-ministro era acusado de autorizar pagamento de recursos do Banco do Brasil para a empresa DNA Propaganda, de Marcos Valério, que seriam repassados no mensalão. A implicação de Gushiken no esquema veio do ex-diretor de Marketing do banco Henrique Pizzolato, que disse que precisava da autorização do ministro para tomar decisões, mas, posteriormente, o próprio ex-dirigente mudou seu depoimento.

Repercussão

O Sindicato dos Bancários lamentou a morte de Gushiken: “Perdemos hoje nosso amigo e companheiro de muitas lutas”. “Sua força, ética e competência serão sempre lembrados por nossa militância. Com sua morte, o Brasil e toda a nossa geração perdem uma referência intelectual”, diz a nota.

com agências