Aluna de 23 anos sofreu tentativa de estupro dentro de um banheiro feminino; estudante conta que lutou contra o sujeito. Catracas podem voltar ao campus após o ocorrido
Uma aluna do curso de engenharia de produção, de 23 anos, sofreu uma tentativa de estupro na manhã da última terça-feira dentro do campus da USP (Universidade de São Paulo), na região do Butantã, na zona oeste de São Paulo.
O crime ocorreu por volta das 7h50, dentro de um banheiro feminino da Poli (Escola Politécnica da USP). Segundo o delegado Celso Lahoz Garcia, titular do 93º DP (Jaguaré), um homem agarrou a garota por trás e tentou levá-la até uma das cabines do banheiro.
A estudante contou em depoimento à polícia que lutou com o suspeito, que acabou fugindo. Ela ainda disse que ele estava mal vestido e aparentava ter entre 20 e 30 anos.
A polícia afirmou ter pedido perícia para o banheiro na tentativa de encontrar alguma impressão digital que levasse ao agressor, mas nenhum suspeito foi identificado ou detido.
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“Esse é um fato bem atípico. Pelo movimento lá, [o ataque] era algo fadado ao fracasso. Com a circulação dentro do banheiro feminino, alguém ia reconhecer [o suspeito]”, avaliou o delegado.
A assessoria da USP afirmou que a jovem foi atendida no Hospital Universitário devido a um ferimento na boca sofrido durante o ataque. A garota passa bem. O nome dela não foi informado pela polícia ou pela universidade.
Catracas podem voltar a Poli
A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) pode voltar a propor a colocação de catracas na entrada dos prédios, no câmpus Butantã, em São Paulo, após a tentativa de estupro de uma aluna de Engenharia de Produção. “A restrição de acesso, com a implantação de catracas, poderá ser proposta novamente, já que há cerca de seis anos os próprios alunos vetaram a ideia”, afirma a nota divulgada nesta quarta-feira, 09, pela Poli.
Ainda segundo a nota, a aluna agredida poderá requerer um segurança “particular”. “Caso a aluna se sinta ameaçada, ele (o diretor da Escola Politécnica da USP, prof. José Roberto Cardoso) também colocará à disposição um segurança”. O banheiro feminino, localizado perto das escadas e nos fundos do departamento, será transferido para um local “onde haja maior trânsito de pessoas”.
A segurança no câmpus é privada, mas no interior dos prédios a vigilância é de responsabilidade de cada unidade. “A Escola Politécnica possui 141.500 m² de área edificada. Guardas e câmeras de segurança são utilizados para manter a segurança interna”, diz a Poli.
Plebiscito
Em junho do ano passado, a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP aprovou em plebiscito a instalação de catracas nas entradas do prédio. O projeto de instalação das roletas ganhou força depois que um estudante de 24 anos foi assassinado no estacionamento da unidade, em maio de 2011.
com Folhapress e Jornal da USP