

“Um produto pode esconder uma realidade de exploração. É esse o Brasil que você quer para as gerações futuras?” - Atores contra a terceirização (Reprodução / RBA)
Artistas gravam vídeos contra projeto sobre terceirização. Camila Pitanga, Wagner Moura, Osmar Prado, Bete Mendes, Dira Paes, entre outros, participam de mensagem que rechaça a prática da terceirização
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) mantém uma campanha vigorosa contra o projeto de lei que regulamenta a terceirização, o PL 4330, de 2004, que está com sua tramitação na Câmara interrompida por falta de acordo entre líderes partidários, representantes dos trabalhadores e empresários. Em parceria com o Movimento Humanos Direitos (MHUD), a campanha lançou dois vídeos, com textos contundentes, sobre o que consideram perigos “para as gerações futuras”.
Leia também
-
Ministério da Justiça determina suspensão da venda de mais de 40 marcas de Whey Protein adulterados; confira a lista
-
Tiktoker dança ao lado de suposto namorado de 85 anos hospitalizado: "Desligo a tomada?"
-
CEO da maior empresa de planos de saúde dos EUA é assassinado; balas usadas tinham mensagem subliminar
-
Marinha mantém silêncio sobre vídeo institucional que ofendeu o povo brasileiro
-
BC vendeu dólar 113 vezes com Bolsonaro para conter alta do câmbio e apenas 1 vez com Lula
Os vídeos são curtos, com cerca de 90 segundos cada um, e trazem mensagens gravadas por atores de expressão nacional. Do primeiro, participam Osmar Prado, Dira Paes, Bete Mendes, Priscila Camargo e Gilberto Miranda. Dira e Priscila são dirigentes do MHUD. “A terceirização traz benefícios apenas para empresários, que poderão cortar custos pagando salários mais baixos”, diz um dos depoimentos.
O segundo vídeo foi gravado por Wagner Moura e Camila Pitanga, e também tem texto forte. “Há algo errado quando uma grande marca diz que pretende terceirizar suas atividades. Atrás de um discurso de modernização da indústria e do campo, estão as piores formas de exploração do trabalho humano”, diz. “Um produto na prateleira pode esconder uma triste realidade de exploração de um trabalhador. É esse o Brasil que você quer para as gerações futuras?”
Os sindicatos comemoraram na semana passada o compromisso das bancadas do PT, PSB, PCdoB e Psol de lançar mão de todos os recursos regimentais possíveis para impedir que o texto seja posto em votação no plenário da Câmara dos Deputados. Entretanto, as centrais sindicais admitem a força do lobby empresarial. Os vídeos são um reforço e tanto para essa precaução. Assista.
(Vídeo 1)
(Vídeo 2)
Paulo Donizetti de Souza, Rede Brasil Atual