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Eleições 2014 06/Nov/2013 às 18:14 COMENTÁRIOS
Eleições 2014

"Aécio inventou candidatura de Bernardinho", diz Fernanda Venturini

Publicado em 06 Nov, 2013 às 18h14

Esposa de Bernardinho diz que marido não será candidato pelo PSDB. Aécio e FHC pressionam o treinador da seleção de vôlei para que concorra ao governo do Rio

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Fernanda Venturini descarta qualquer possibilidade de Bernardinho ser candidato no Rio: “Isso é uma invenção do Aécio. Não seria bom para a vida dele e nem para a família no momento” (Reprodução)

A ex-levantadora de vôlei Fernanda Venturini, esposa do técnico Bernardinho, descartou nesta quarta-feira (06) qualquer possibilidade do marido ser candidato ao governo do Rio de Janeiro, como quer o PSDB fluminense e o senador Aécio Neves, pré-candidato à presidência da República. “O Bernardo não vai se candidatar a nada. O PSDB queria, mas ele não aceitou. Isso é uma invenção do Aécio, que vai fazer pressão até o dia da eleição. Ser governador nunca passou pela cabeça dele”, disse a levantadora por telefone.

Casados desde 1999 e com duas filhas, Venturini afirma que a decisão do marido passou por uma junta familiar que inclui ela, o filho Bruninho (fruto do relacionamento de Bernardo com Vera Mossa) e a mãe do Bernardinho. “Nós conversamos desde que essa história começou e pesamos que não é bom para a vida dele e nem para a família no momento. Entre a política e a família, a opção do Bernardo foi pela família”, disse a atleta.

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Medalha de Bronze nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, sob o comando do marido, Venturini disse que a filiação de Bernardinho ao PSDB fluminense foi fruto de pressão de Aécio e Fernando Henrique Cardoso, figuras que gozam da intimidade do atual técnico da seleção masculina de vôlei. Mas segundo Venturini, desde o início ele já demonstrava resistência em concorrer a qualquer coisa. “Isso nunca foi uma coisa que a gente quis e buscou. É uma coisa inventada, que não estava nos nossos planos. Foi invenção do Aécio, que sabe que o Bernardo é uma pessoa idônea, que tem total confiança do povo brasileiro, exatamente o contrário da política de hoje, que só tem gente corrupta e com processos mil atrás”, resume a levantadora.

A esposa de Bernardinho também afirma que o marido já deu todos os sinais ao PSDB fluminense de que não será candidato e que não sabe o motivo das lideranças do partido ainda alimentarem esses boatos. “Esse papo já morreu há muito tempo na família. A decisão está tomada. Ele não quer e escolheu a família e não a política. Ele sempre teve vontade de construir um Rio de Janeiro melhor para as nossas filhas e nossos amigos, mas infelizmente a política não é simples assim”, argumenta a levantadora, que foi eleita melhor do mundo no Grand Prix de 1994.

em a candidatura de Bernardinho, o PSDB fica sem palanque no Rio de Janeiro para alavancar a candidatura de Aécio Neves à presidência da República. O partido não tem nome forte no estado e os outros quatro candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto (Garotinho, Crivella, Pezão e Lindberg Farias) fazem parte da base de apoio da presidente Dilma Rousseff (PT) no Congresso e já negociam um palanque quadruplo para a atual presidenta no Estado.

Na última eleição municipal na capital fluminense, o candidato do PSDB foi o deputado federal Otávio Leite, que obteve apenas 2,47% dos votos válidos, somando apenas 80.059 votos.

O Rio de Janeiro é o terceiro maior colégio eleitoral do Brasil, somando cerca de 11,89 milhões de eleitores. Perde apenas para São Paulo e Minas Gerais.

Rodrigo Rodrigues, Terra Magazine

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