Instituto Royal volta a ser invadido e depredado. Invasores renderam os vigias, promoveram novo quebra-quebra e levaram ratos e camundongos
Uma semana depois de ter anunciado o encerramento de suas atividades, o Instituto Royal, de São Roque, que utilizava cães da raça beagle para testes de medicamentos, voltou a ser invadido e depredado na madrugada desta quarta-feira, 13, por ativistas mascarados. Em nota, o Royal informou que a maioria dos roedores que ainda permaneciam no local foi levada.
Leia também
Influencer de direita tumultua aulas e desrespeita professores na UnB
Desembargador do TJRJ pede demolição de casa do vizinho em Búzios por "privacidade"
Como um doutorando descobriu 'por acaso' cidade maia milenar em floresta do México
Youtuber de cobras morre após ser picado por mamba verde; ele deixa 3 filhos e esposa
Pastor evangélico preso por estuprar crianças e adolescentes é encontrado morto na cadeia
De acordo com a assessoria de imprensa, os invasores renderam os vigias e promoveram um novo quebra-quebra nas instalações. Portas foram arrombadas para que o grupo tivesse acesso ao local em que eram mantidos ratos e camundongos.
Esses animais não haviam sido levados quando o instituto foi invadido pela primeira vez, no dia 18 de outubro. Na ocasião, foram retirados 178 cães da raça beagle e alguns coelhos. Na nova invasão, segundo o instituto, os vigias foram ameaçados e sofreram “tortura psicológica”. Na semana passada, o instituto anunciou o encerramento das atividades em São Roque por “falta de segurança”.
Fechamento. A invasão e a retirada dos cães fizeram com que o instituto perdesse “quase todo o plantel de animais e aproximadamente uma década de pesquisas”, segundo a nota divulgada pelo Royal no anúncio do fechamento da unidade no interior paulista. Os funcionários foram desligados e foi mantido apenas o Comitê de Ética, formado por veterinários, biólogos e membros da Sociedade Protetora dos Animais. A decisão não afeta, por enquanto, a unidade Genotox, de Porto Alegre, onde não ocorre experimentação em animais.
O instituto realiza desde 2005 testes pré-clínicos de remédios usados no tratamento de doenças como câncer, diabete, hipertensão e epilepsia, entre outros. De acordo com o Royal, a partir de agora as pesquisas terão de ser feitas fora do País, até que outro laboratório seja credenciado pelo Conselho Nacional de Controle e Experimentação (Concea).
Agência Estado