Redação Pragmatismo
Ciência 11/Nov/2013 às 21:30 COMENTÁRIOS
Ciência

Menina que parou de envelhecer aos 4 anos inspira cientistas

Publicado em 11 Nov, 2013 às 21h30

Cientistas conseguem isolar os genes do envelhecimento. Brooke Greenberg, que parou de crescer aos quatro anos, inspira pesquisas contra doenças relacionadas à idade

Brooke Greenberg menina envelhecer
Brooke Greenberg, ao centro: menina nasceu em 1993 e parou de envelhecer aos quatro anos (reprodução)

Cientistas esperam encontrar novas e surpreendentes abordagens para combater doenças relacionadas ao envelhecimento. Eles isolaram genes de Brooke Greenberg, cujo desenvolvimento praticamente parou a partir dos quatro anos, chegando a ser chamada de Peter Pan da vida real: a menina que nunca cresceu. Tanto a idade do corpo quanto o desenvolvimento mental dela ficaram congelados.

Brooke foi analisada por especialistas que tentam entender a chamada Síndrome X, cuja causa ainda é desconhecida. Há duas semanas, aos 20 anos, ela morreu. Nascida em janeiro de 1993 em Baltimore, nos Estados Unidos, ela enfrentou muitos sofrimentos em decorrência de sua síndrome: luxação do quadril, dificuldades respiratórias e convulsões.

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O audacioso objetivo dos cientistas é criar tratamentos para diminuir ou mesmo parar os efeitos da passagem do tempo.

O diretor do Instituto de Genética do Hospital Monte Sinai, em Nova York, Eric Schadt, espera que a análise do material genético de Brooke forneça informações importantes sobre os processos de envelhecimento, levando a novas maneiras de aumentar a longevidade e reduzir doenças relacionadas à idade. Tanto os pais dela como seus três irmãos cresceram completamente normais.

– Identificamos um número de mutações específicas em Brooke que explicam sua condição – disse Schadt ao “Independent”. – No entanto, a função dos genes identificados não é totalmente conhecida, da mesma forma que não sabemos como eles se relacionam com o desenvolvimento ou envelhecimento.

Especialistas também pretendem descobrir novos tratamentos para uma série de doenças, inclusive o câncer. Entretanto, será necessário criar um mecanismo que evite os efeitos colaterais, que causaram as doenças crônicas de Brooke. Eles acompanham outras crianças que apresentam sintomas da Síndrome X.

O próximo passo deverá ser criar as mesmas condições genéticas em animais de laboratório, como ratos. Ainda há, portanto, um longo caminho a ser percorrido para que tratamentos efetivos sejam colocados no mercado.

Agência Brasil

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