“Rei do Camarote” deve R$ 55 mil de IPTU
A revista Veja “esqueceu” de contar que o “Rei do Camarote”, que torra R$ 50 mil numa noitada, deve de IPTU cobranças que somadas passam de R$ 55 mil
Depois da entrevista em que disse que “era brincadeira” sua performance de “Rei do Camarote” e insinuou que a história havia sido montada, a Veja resolveu entregar a identidade de Alexander de Almeida.
É dono de uma firma de “zangões”, que é como chamam no Rio os “despachantes” que, de modo pouco ortodoxo, cuidam de documentação de veículos.
Alguns – nem todos, claro – praticando a arte da “irrigação mãonetária”.
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Mas os despachantes são, em geral, pessoas de posses modestas.
Alexander não. Montou uma firma, a 3A, em abril de 2010.
E já “está podendo” em três anos, comprar Ferrari e, só num dia, dois carros blindados, como disse à Veja.
Diz a revista que sua atividade é tomar automóveis de pessoas que não pagam as prestações e guardá-los para os bancos.
Não vou especular sobre os métodos e os “contatos” de tal atividade.
Mas vou ajudar os paulistanos, no meio desta polêmica sobre o IPTU SP.
É que o “Rei do Camarote”, que torra R$ 50 mil numa noitada, está devendo uma noite de camarote para o povo de São Paulo. Ele tem, de IPTU, cobranças que somadas, passam de R$ 55 mil. Está aqui, público, no Diário Oficial.
O curioso é que a dívida cobrada é por um imóvel na Almirante Calheiros, 312 (está público no Diário Oficial, repito), onde funciona uma firma de cobrança e renegociação de financiamentos de veículos…
É só procurar nos sites de reclamação para ver como é boa a reputação da empresa… Eu contei 88, você pode ver aqui.
Podem ser só inquilinos, é estranho que tenham pedido ao Google para que borrasse a imagem no Street View…
A história tem mais coisa mal contada. A empresa de Alexander, que parece um bunker na Avenida Apucarana, no Tatuapé, criou um domínio na internet; ontem.
O “Rei dos Coxinhas” é um prato feito para quem quiser fazer reportagem…
O que não é o caso da Veja.
Ou ela não quer ir fundo para mostrar quem é o seu “rei”?
Fernando Brito, Tijolaço