Intérprete de sinais usado em ato para Mandela era falso, diz federação. Federação de surdos da África do Sul diz que gestos não faziam sentido. Governo informou que faria pronunciamento sobre o caso
O homem que fez a interpretação para língua de sinais dos discursos de autoridades durante homenagem ao ex-líder sul-africano Nelson Mandela na terça-feira (10), na qual mais de 100 liderenças mundiais participaram, “era um impostor”, informou o diretor nacional da Federação Nacional dos Surdos da África do Sul, Bruno Druchen.
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Questionado pela agência de notícias americana Associated Press, o governo da África do Sul informou que estava preparando um pronunciamento sobre o assunto.
Três especialistas em linguagem de sinais falaram à agência de notícias que o homem não estava fazendo a tradução dos discursos nem para o africâner, nem para o inglês. A língua de sinais da África do Sul é usada oficialmente em 11 países, de acordo com a federação. Não ficou claro se o homem que estava fazendo a tradução com um método diferente de comunicação.
O homem, que ainda não foi identificado, foi visto por todo o mundo na TV próximo a líderes mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Ele movia “as próprias mãos, mas não havia sentido no que fazia com elas”, afirmou Bruno Druchen.
A tradutora oficial para língua de sinais Nicole Du Toit, que estava acompanhando a transmissão na TV, falou por telefone que o homem que estava fazendo a tradução parecia constrangido.
“Foi horrível, um absoluto circo, muito, muito ruim”, disse ela. “Só ele pode entender seus gestos”, afirmou.
Integrante do Parlamento da África do Sul, Wilma Newhoudt, que também é surda, falou que o tradutor não comunicava nada com suas mãos e braços.
AP