Com medo de ter a sua imagem desgastada frente à opinião pública, PP desiste de indicar Jair Bolsonaro à Comissão de Direitos Humanos
O Partido Progressista (PP) decidiu, após reunião da cúpula, que não irá indicar o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) à Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) e nem mesmo disputá-la. O partido divulgou ter mais interesse na Comissão de Minas e Energia.
A avaliação do partido é de que haveria um desgaste muito grande para a imagem da legenda, principalmente depois de ontem (11), quando ativistas dos Direitos Humanos promoveram um beijaço dentro da Câmara dos Deputados em repúdio à possível indicação de Bolsonaro para a CDHM.
Desde a semana que o parlamentar resolveu assumir que tinha interesse em presidir a comissão, fez várias declarações provocativas. Entre elas, a de que as pessoas “teriam saudades da presidência de Marco Feliciano (PSC-SP)”, dando a entender que seria mais obscurantista do que o pastor-deputado. Em outro momento, Bolsonaro disse que “nem gays, nem os índios” iriam atrapalhar o seu trabalho caso fosse eleito.
Há uma grande expectativa para se saber quem vai assumir a presidência da comissão. Na rede, existe uma campanha que pede para que a vaga seja assumida pela deputada Erika Kokay (PT-DF).