Criador de grupo para “caçar” gays na Rússia é preso em Cuba. Pedido de prisão foi feito pela Interpol; Maksim “Tesak” Martsinkevich é acusado de incitar ódio e foi condenado à revelia em Moscou
Maksim “Tesak” Martsinkevich, que se diz ex-skinhead, foi preso na última semana em Havana após um pedido da Interpol. Ele é o fundador do grupo “Ocuppy Pedofilia”, que tem como objetivo “caçar” gays na Rússia.
Segundo a agência de notícias Itar-Tass, ele foi condenado em Moscou, à revelia, por “incitar o ódio ou a hostilidade e humilhação da dignidade humana com violência ou ameaça de violência”.
De acordo com a agência, Martsinkevich se encontrava na Bielorrússia antes de ir para Cuba e não foi divulgado o motivo da viagem. Ele já havia cumprido, anteriormente, três anos de pena por incitação a crimes de ódio étnico.
O objetivo do movimento “Occupy Pedofilia” é “criar um banco de dados de pedófilos” (que, para os membros, equivale a ser homossexual) para que “qualquer um possa conferir se tem algum colega, professor ou médico” que se encaixe no perfil-alvo do Occupy. Em uma das páginas do grupo, há mais de 160 mil seguidores.
Os membros do grupo Occupy dedicam tempo a encontrar homossexuais ou supostos pedófilos através da Internet e tudo acontece como nos habituais flertes virtuais: frases elogiando a foto do perfil, estabelecimento de uma amizade, troca de telefones e finalmente o encontro real.
A vítima do trote é, então, forçada a confessar para as câmeras que é um pedófilo ou um homossexual e logo em seguida passam por diversos tipos de humilhação, como ter que tirar a roupa, falar para os “entrevistadores” segurando uma banana, passar maquiagem e até mesmo beber urina. Em muitos dos casos, há também agressões.