'No carnaval pode mostrar, para dar leite não', diz mãe que foi proibida de amamentar
Um grupo de mulheres se reuniu na tarde do último domingo para amamentar seus filhos em público no Museu da Imagem e do Som (MIS), na zona oeste de São Paulo. O ato, chamado de “mamaço”, foi organizado após a modelo Priscila Navarro ter sido repreendida, no dia 5 de fevereiro, por funcionários do museu por estar amamentando sua filha enquanto visitava uma exposição.
“Uma monitora se aproximou e disse que, se eu fosse amamentar, deveria fazer isso numa sala privada, pois não é permitido amamentar no MIS”, relatou Priscila. “A cena me constrangeu e acordou minha filha, que voltou a pedir para mamar, um ato natural de uma criança de 7 meses, e amamentar ela seria o ato também mais natural que eu como mãe poderia fazer. Assim, decidimos nos retirar, apesar de ter visto apenas a primeira parte da exposição.”
Após fazer a denúncia pelo Facebook, Priscila e outros grupos, como o Matrice, o Buxixo e o espaço Casa da Borboleta, resolveram fazer um ato de protesto contra a atitude dos funcionários do museu. “Com pessoas e grupos que compartilham da mesma ideia de que amamentar é um ato de amor e um direito da criança onde e quando ela quiser”, dizia o convite do evento.
Segundo Priscila, uma funcionária do museu chegou a se desculpar com ela no dia do ocorrido, “justificando um mal treinamento de monitores e passando seu contato para que pudéssemos retornar a exposição um outro dia”. Durante a semana, o MIS incluiu na agenda oficial do dia o ato promovido pelas mulheres.
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Terra
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