Obama manda recado para Maduro
Barack Obama pede que Nicolás Maduro "atenda as reivindicações do povo". Presidente dos EUA criticou ainda a expulsão de três diplomatas americanos da Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou nesta quarta-feira a violência na Venezuela e pediu que o governo de Nicolás Maduro “atenda as reivindicações legítimas” de seu povo, ao invés de desviar a atenção expulsando diplomatas americanos com “falsas acusações”.
Em mensagem à imprensa no final da cúpula da América do Norte na cidade de Toluca, no centro do México, Obama aconselhou o governo venezuelano a libertar os manifestantes que foram detidos nos protestos de oposição e a realizar um “diálogo verdadeiro”. “Ao invés de desviar a atenção de seus próprios problemas expulsando diplomatas americanos com falsas acusações, o governo deveria concentrar seus esforços para atender as reivindicações legítimas do povo venezuelano”, afirmou.
O governo venezuelano responsabilizou na última segunda-feira os EUA pela violência durante as manifestações pacíficas na Venezuela e deu um prazo de 48 horas para que os diplomatas americanos Breeann Marie McCusker, Jeffrey Gordon Elsen e Kristofer Lee Clark deixassem o país sul-americano. O chanceler da Venezuela, Elías Jaua, acusou “funcionários de diferentes níveis” dos EUA de promover grupos violentos e de oferecer apoio financeiro a eles através de “organizações de fachada”.
Obama disse que, juntamente com a Organização dos Estados Americanos (OEA), fazia um pedido para que o governo venezuelano “liberte os manifestantes que foram presos e realize um diálogo verdadeiro”. “Todas as partes têm que trabalhar em conjunto, se distanciar da violência e restaurar a tranquilidade”, afirmou o chefe de Estado americano, após classificar como “inaceitáveis” os incidentes de violência ocorridos no país sul-americano. Os protestos na Venezuela protagonizados por estudantes e pela oposição ao governo Maduro deixaram desde a última quarta-feira um saldo de seis mortos e dezenas de feridos e detidos.
Efe