“Se não usar desodorante fico com cheiro de neguinha”, diz integrante do BBB

Foi ao ar neste domingo (23) um diálogo entre os participantes do programa Big Brother Brasil sobre cor de pele e quem poderia ser identificado como negro. Os “brothers” conversavam sobre a prova pela qual tinham acabado de passar e um dos participantes, Cássio, comentou que já tinham passado duas Alines pelo programa e que ambas eram “morenas”.

“Que morenas? Elas eram negras”, corrigiu Valter. “É, ele não entende a diferença entre morena e negra. Eu sou morena, você é negro”, disse Franciele.

Na sequência, Franciele fez um comentário polêmico. “Eu tenho um pouco de negra. Se eu não usar desodorante, fico com cheiro de neguinha”.

Valter ficou chocado com o comentário e repreendeu a jovem. “Aí você está sendo racista. E branco, não tem cheiro?”, confrontou. “Ah, mas isso é o que eles [os brancos] falam…”, respondeu a gaúcha.

Logo após a exibição do diálogo inúmeros usuários da internet acusaram Franciele de racismo.

Procurador pede à Globo vídeo com comentário racista

O episódio com Franciele não foi o primeiro a envolver polêmica racial. Jaime Mitropoulos, procurador da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), encaminhou um ofício à TV Globo solicitando à emissora que envie o vídeo que mostra Cássio, do “Big Brother Brasil 14”, fazendo comentários racistas. O pedido foi feito há duas semanas, mas Jaime ainda não recebeu o material.

Durante a primeira festa do “BBB14”, Cássio afirmou que matou uma pessoa afrodescendente durante o ato sexual. “E eu acho que assim, uma afrodescendente costuma se relacionar com afrodescendentes. E eu pensei “pô, aguenta tudo”. E eu atravessei. E até hoje sou acusado de assassinato, entende?”, disse o gaúcho à atriz Tatá Werneck, que na ocasião interpretava a personagem Valdirene, da novela “Amor à vida”.

Após o comentário, o MPF recebeu uma representação contra o gaúcho.

com Agências e Revista Fórum