Ucrânia: A noite mais sangrenta desde o início dos protestos
Pelo menos 25 pessoas morreram ontem (18) nos confrontos entre manifestantes e a polícia em Kiev, capital da Ucrânia, informou hoje (19) o Ministério da Saúde, em comunicado. Além das mortes, 241 pessoas foram hospitalizadas, incluindo 79 policiais e cinco jornalistas. O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukóvich, declarou um dia de luto nacional para amanhã (20), em memória à morte das vítimas dos confrontos entre polícia e manifestantes.
Segundo os médicos que estão trabalhando em um hospital de campanha montado pela oposição ucraniana, a maioria das lesões foi provocada por bombas de efeito moral.
Cerca de 30 pessoas sofreram lesões na cabeça e estão em estado grave. Um dos feridos terá amputar uma mão. Segundo a polícia, 47 agentes das forças de segurança também ficaram feridos nos confrontos, dos quais cinco apresentavam ferimentos por bala.
De acordo com o decreto de luto nacional, as bandeiras dos edifícios oficiais devem ser hasteadas a meio mastro e todos os espetáculos e as competições desportivas devem ser cancelados ou adiados. Yanukóvich relacionou à perda de vidas causada pela desordem, segundo informou o comunicado da Presidência
O presidente afirmou que, com os confrontos de ontem em Kiev, a oposição “ultrapassou os limites”. Os oposicionistas apelaram ao uso de armas para enfrentar as forças policiais. Yanukóvich garantiu que os responsáveis serão levados à Justiça e destacou que a sua posição “não é um capricho”, mas uma obrigação constitucional.
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com The New York Times