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Brasileiros podem concorrer a 40 mil bolsas para estudar na Europa

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Programa abre inscrições para estudantes do Brasil e da América Latina. 40 mil bolsas estão disponíveis para jovens da região que pretendem estudar em universidades europeias

Brasileiros podem concorrer a bolsas do programa europeu Erasmus (Reprodução)

Até então restrito somente a universidades europeias, o programa europeu Erasmus, que já financiou mais de quatro milhões de pessoas em intercâmbios de conceituadas universidades europeias, chegou também à América Latina.

Desde janeiro, estudantes brasileiros e de demais países latino-americanos têm a oportunidade de disputar 40 mil bolsas, oferecidas para subsidiar seus estudos na Europa. O orçamento para o Brasil e América Latina, no entanto, ainda está em discussão.

O período de estudo será de um semestre a um ano na União Europeia (UE). Assim, os estudantes brasileiros terão a oportunidade de participar em programas de bacharelado, mestrado ou doutorado por meio da atribuição de bolsas de estudo e um sistema centralizado de mobilidade para universidades europeias.

Estudantes da UE também serão financiados para estudar no Brasil, aumentando assim a internacionalização das instituições de ensino superiores brasileiras.

“Com essa ampliação, será mais fácil, para os estudantes brasileiros, estudar em universidades europeias”, disse Clarie Morel, chefe-adjunta da Direção Geral da Educação e Cultura da Comissão Europeia.

“As instituições brasileiras receberão também ações de capacitação que estão previstas dentro do Erasmus, além de ter a oportunidade de modernizar os currículos e equipamentos, desenvolver novas abordagens de ensino e aprendizagem, aperfeiçoar pessoal docente e modernizar a governança universitária, entre outros”, explicou Clarie.

Poucas parcerias no Brasil

Antes, só estudantes de mestrado e doutorado tinham a oportunidade de tentar uma bolsa na União Europa por meio do programa Erasmus Mundus, criado para melhorar a qualidade do ensino superior por meio de bolsas de estudo e cooperação acadêmica entre a Europa e os demais continentes.

Desde janeiro, todos os programas Erasmus foram reunidos no novo Erasmus Plus, o que amplia as possibilidades de intercâmbio também para os estudantes de graduação de fora da Europa. Os estudantes interessados deverão pertencer às universidades parceiras e ter completado um ano acadêmico.

Os selecionados serão contemplados com uma bolsa de estudos que ajudará a cobrir custos como viagem e estadia, em valor definido de acordo com o período de estudos.

Estudantes do Brasil podem se inscrever para as bolsas do Erasmus Plus no escritório internacional das instituições de ensino superior brasileiras que cursam. No entanto, até o momento são poucas as instituições de ensino superior brasileiras que estão aptas para receber o financiamento do programa, sendo a maior parte delas universidades federais.

DW