Por 29 votos a 3, OEA barra intervenção externa na Venezuela. Em posicionamento vergonhoso, boa parte da grande mídia brasileira ficou ao lado dos 3 países que votaram pela intervenção
Num duro editorial publicado neste domingo, o jornal Estado de S. Paulo ataca o “vergonhoso apoio a Maduro”, dado pelo Brasil. Na Folha, a colunista Eliane Cantanhêde fala de um “Itamaraty à sombra”. Nos dois textos, o alvo principal é o assessor especial Marco Aurélio Garcia, que liderou a posição brasileira de não ingerência na Venezuela. Posição, diga-se de passagem, vitoriosa na Organização dos Estados Americanos, onde uma iniciativa de intervenção dos Estados Unidos foi barrada por 29 votos a 3 – ao lado dos Estados Unidos, só o Panamá e o Canadá.
Embora a posição de Garcia tenha prevalecido, ele não escapou das críticas.
‘Vitória da dignidade’
O governo da Venezuela comemorou nesta sexta-feira como uma “vitória da dignidade” a declaração de solidariedade do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), que pede a continuação do diálogo e lamenta as mortes no país, com 29 votos a favor e 3 contra, de EUA, Canadá e Panamá.
“Mais do que da Venezuela, acho que é uma vitória da dignidade da América Latina e do Caribe”, disse o chanceler venezuelano, Elías Jaua, durante um contato telefônico com o canal estatal “VTV”, no qual também afirmou que essa declaração é “a favor da paz, do diálogo e da institucionalidade democrática” no país.
O ministro das Relações Exteriores disse que ‘todo o aparelho de propaganda montado contra a Venezuela foi sendo desmoronado pela moral e pela verdade do povo venezuelano’.
Acrescentou que agora o mundo sabe que o país sul-americano “não enfrenta manifestantes pacíficos”, mas uma “corrente violenta que tenta derrubar o governo legítimo e constitucional de Nicolás Maduro”.
com informações de Brasil 247