Dilma perde 6,7 pontos em nova pesquisa de intenção de voto. Com crescimento de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), disputa poderia ir para o segundo turno
A presidenta Dilma Rousseff (PT) perdeu seis pontos percentuais nas pesquisas de intenção de voto, o que poderia levar a disputa para o segundo turno se as eleições fossem hoje, de acordo com pesquisa da Conferência Nacional de Transportes (CNT), em parceria com a MDA, divulgada nesta terça-feira 29. Segundo o levantamento, entre fevereiro e abril, Dilma caiu de 43,7% para 37% e segue na frente dos principais adversários, mas ambos registraram altas – o senador Aécio Neves (PSDB) foi de 17% para 21,6% e o ex-governador de Eduardo Campos (PSB) passou de 9,9% para 11,8%.
Desta forma, a soma dos adversários é de 33,4%, 3,6 pontos a menos que Dilma. Como a margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos para cima ou para baixo, não é possível afirmar se haveria segundo turno ou não.
O resultado é da pesquisa estimulada, quando os nomes dos presidenciáveis são mostrados aos entrevistados. Nesta simulação, o número de eleitores que pretendem votar nulo ou em branco é parecido com o último resultado: era de 20,4% e agora está em 20%.
Em um cenário que inclui também os candidatos nanicos, a possibilidade de segundo turno fica ainda mais evidente. A presidenta Dilma ainda lidera, mas com 36,5%, seguida de Aécio Neves, 21,5%, Eduardo Campos, 11,2%, José Maria Eymael (PSDC), 0,6%, Levy Fidelix (PRTB), 0,4% e Randolfe Rodrigues (PSOL), 0,4%. Isso representa uma soma de 34,1%, 2,4 pontos atrás de Dilma. Neste cenário, 19,2% votariam branco ou nulo e 10,2% não sabem ou não responderam.
Em um terceiro cenário, além de Eymael, Randolfe e Levy Fidelix, são incluídos outros dois nomes, o do senador Magno Malta (PR), que obtém 0,6%, e o do Pastor Everaldo (PSC), que obtém 0,4%. Dilma tem 36,4% das intenções de voto, contra 34,4% de todos os rivais somados.
Segundo turno
A diferença entre os candidatos também diminuiu nas simulações para a possibilidade de segundo turno. Na última pesquisa, Dilma tinha 46,6% contra 23,4% de Aécio Neves. Neste mês, a presidenta caiu para 39,2% e o candidato tucano subiu para 29,3%. Contra Eduardo Campos também houve queda. Em fevereiro, a petista tinha 48,6% das intenções de voto e o pessebista, 18%. Agora, ela tem 41,3%, enquanto ele alcança 24%.
Rejeição e avaliação
A pesquisa avaliou ainda o limite de voto e a rejeição da petista. De acordo com o levantamento, o número de eleitores que dizem votar apenas na presidente diminuiu de 26,7% para 23,2%. Por outro lado, a quantidade de pessoas que dizem não votar em Dilma de jeito nenhum aumentou. O percentual era de 37,3% e agora está 43,1%
A pesquisa CNI também fez análise da avaliação positiva e negativa do governo da presidenta Dilma. Em fevereiro, 36,4% das pessoas aprovavam a gestão da petista. Neste mês, o número caiu para 32,9%. Já a avaliação negativa aumentou de 24,8% para 30,6%, enquanto que a regular passou de 37,9% para 35,9%.
O levantamento ouviu 2.002 pessoas, em 24 unidades de federação, nas cinco regiões do país, entre os dias 20 a 25 de abril, a. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com 95% de nível de confiança.