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Mãe de Douglas Rafael foi ameaçada de morte

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Mãe de Douglas Rafael, dançarino assassinado, conta que homem branco com uma tatuagem de dragão se aproximou e mostrou uma pistola para ela. "Cala a sua boca ou eu vou calar"

Maria de Fátima da Silva, mãe de Douglas Rafael (DG), conta que foi ameaçada de morte (Divulgação)

A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima da Silva, mãe do dançarino Douglas Rafael, o DG, disse ter sido ameaçada de morte na tarde desta segunda-feira, 28, quando caminhava na ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas.

O governo do Estado ofereceu à Fátima a possibilidade de ingressar no programa de proteção à testemunha.

Fátima contou que caminhava na ciclovia, quando percebeu um carro reduzindo a velocidade e se aproximando dela. Um homem branco, com uma tatuagem de dragão no braço, e olhos castanhos claros mostrou uma pistola para ela. “Cala a sua boca ou eu vou calar”, teria dito o homem.

Leia também: Dançarino Douglas Rafael gravou a própria morte em 2013

Fátima assistiu a uma missa, em memória do seu filho, e em seguida foi à 13ª DP registrar queixa sobre a ameaça.

O advogado Rodrigo Mondego, que acompanha o caso pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, disse que ainda vai conversar com Fátima sobre a oferta do governo do Estado.

A perícia realizada no Morro Pavão-Pavãozinho no dia seguinte à morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, de 26 anos, apontou que houve tiroteio recente na favela, informou o delegado Gilberto Ribeiro, titular da 13ª Delegacia de Polícia (Ipanema).

Os peritos encontraram marcas de tiros nas paredes dos dois lados de uma quadra esportiva, próximo ao local em que o dançarino participava de um churrasco.

Moradores acusam os policiais da Unidade de Polícia Pacificadora de terem feito os disparos. Para o delegado, a perícia é indício de que houve confronto com traficantes.

O delegado enviou 50 cápsulas de projéteis da PM para análise no Instituto de Criminalística Carlos Éboli, para serem comparadas com uma cápsula deflagrada e a ponta de uma bala recolhida nas proximidades do local em que DG foi encontrado morto.

Ambas são de calibre ponto 40, de uso exclusivo das polícias, mas a munição também é utilizada por criminosos.

Agência Estado