Mulher tatua filho de 1 ano e 8 meses, fica com medo da repercussão entre vizinhos e tenta apagar a imagem com uma substância ácida
Uma mulher foi presa acusada de ter causado ferimentos com uma substância ácida no filho de um ano e oito meses. Segundo a polícia, ela tentava apagar uma tatuagem feita de maneira rudimentar na perna do menino.
Luciene Ramos Lima, 24, foi detida na última semana, no bairro Marimbá, em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte e onde o caso ocorreu no dia 18 do mês passado. A criança foi levada pela avó paterna a uma unidade de saúde da cidade, onde ficou internada por cinco dias.
(A imagem da perna da criança pode ser vista aqui / imagem forte)
Após a alta, ela foi entregue a uma família substituta pelo Conselho Tutelar do município. A acusada, conforme a polícia, fugiu após a descoberta do ferimento no menino.
Segundo a polícia, a mãe, que tem passagem pela polícia por porte ilegal de arma, teria ficado com medo da repercussão entre a vizinhança e tentou apagar a tatuagem (que seria um coração envolvendo as iniciais YAS) com substância semelhante a um ácido.
Roberto Veran Braga, delegado da 2ª Delegacia de Betim, afirmou que a mulher foi quem fez a tatuagem no filho.
“O que se depreende dos autos é que ela tatuou a criança. O exame pericial mostra isso. Depois, ela tentou remover com ácido. Isso provocou uma queimadura na perna dela. Em seguida, ela abandona a criança com a avó paterna e some”, disse o policial.
Conforme o delegado, os médicos que fizeram o atendimento à criança estranharam o ferimento e acionaram a Polícia Militar. Ainda de acordo com a investigação, o pai da criança está preso pelo crime de receptação e já não teria mais nenhum relacionamento com a acusada.
Braga afirmou que concluiu o inquérito e a indiciou pelo crime de tortura-castigo. Caso seja condenada, ela poderá cumprir uma pena de dois a oito anos de prisão e ainda poderá perder a guarda do filho. Ele não soube precisar o que significava as iniciais tatuadas na perna da criança. “A mãe não demonstrou nenhum remorso”, afirmou.
Diário 24 Horas