Empresa veicula propaganda enganosa sobre aumento da tarifa de energia e é desmascarada
Durante vários dias a Cemig veiculou propaganda no rádio, TV e jornais com conteúdo, no mínimo, duvidoso. O anúncio provocou indignação no órgão regulador das tarifas de energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A propaganda empurra para o governo federal e para a agência a responsabilidade pelo aumento na tarifa de energia no estado, mas não diz que foi a Cemig quem solicitou aumento de 29,74%. A Aneel aprovou reajuste médio de 14,29%.
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A tentativa de esconder a verdade foi muito criticada por diferentes segmentos. O diretor geral da Aneel, Romeu Rufino, em coletiva à imprensa afirmou: “olhando o anúncio da Cemig, houve uma desinformação”, e acrescentou: “a agência não impõe nenhum valor. Ela autoriza a cobrança até um determinado valor”.
O PT entrou com liminar no Tribunal Regional Eleitoral alegando uso político do aumento da tarifa para desgastar o governo federal. A liminar foi negada. No último dia 15, em meio ao conflito, a presidente do Conselho da Cemig, Dorothéa Werneck, renunciou ao cargo sem dar explicações.
Governo responde
“É falsa a afirmação da CEMIG de que o reajuste na conta de luz dos mineiros é decidido pelo Governo Federal. Na verdade, a CEMIG pediu à ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) um reajuste de 29,74%nas contas de luz dos consumidores mineiros. A Aneel autorizou 14,24%.
“Ressalte-se que este é o índice máximo. O reajuste nas contas de luz pode ser menor por decisão da CEMIG e do governo mineiro. Hoje grande parte dos consumidores mineiros paga uma alíquota de até 30% de ICMS na sua tarifa de energia, o maior índice do país.
“Foi a ação do Governo Federal que fez com que, no ano passado, os consumidores de todo o país tivessem uma redução média de 20,2% no valor da conta de luz.”.
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