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7 problemas de saúde que dificultam a gravidez

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Conheça a seguir os sete problemas de saúde mais comuns que atrapalham a gravidez, de acordo com especialistas em reprodução

Antes de um casal tentar engravidar, é importante que tanto a mulher quanto o homem passem por uma série de exames chamados pré-concepcionais. Essas avaliações serão as responsáveis por detectar se existem problemas de saúde que possam atrapalhar os planos de gerar um filho.

Conheça a seguir os sete problemas de saúde mais comuns que atrapalham a concepção, de acordo com especialistas em reprodução.

Doenças femininas

1 – Endometriose

É caracterizada pela presença do endométrio (tecido responsável por revestir a cavidade uterina) fora do útero. “É como se se fosse uma menstruação fora do lugar”, diz a ginecologista e obstetra Karen Abraão, diretora da Escola de Ciência da Saúde da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Nesse caso, a saúde das tubas é comprometida, tal como a mobilidade delas. Assim, elas não têm boa capacidade de encaminhar o óvulo até o útero.

A doença não tem cura, mas tem tratamento. Para diagnosticar o problema, pode ser realizado o exame de sangue do marcador CA-125 no início do ciclo menstrual, além de ultrassonografia e ressonância magnética. Também pode ser indicada a realização de biópsia por laparoscopia.

Dependendo da avaliação clínica, os anticoncepcionais contendo hormônios (especialmente a progesterona isoladamente) podem ser úteis para controlar e/ou regredir a endometriose e melhorar a fertilidade. Também pode ser usada a pílula de progesterona ou combinada (estrogênio mais progesterona) ou o DIU de progesterona. O DIU simples (de cobre) não funciona para essa finalidade. Além disso, existem outras medicações que podem bloquear o ciclo menstrual e induzir a um estado semelhante à menopausa para tratar a endometriose. Após algum tempo de tratamento, pode-se tentar novamente engravidar. Os tratamentos costumam durar entre três meses e um ano, variando caso a caso.

2 – Hipotireoidismo e hipertireoidismo

Ambos são disfunções da glândula chamada tireoide, responsável por controlar diversas funções no organismo humano. O hormônio estimulador da tireoide (TSH), fabricado pela hipófise (que fica no cérebro), tem influência no processo de ovulação, fundamental para a concepção. Por isso, quando é secretado em menor ou maior quantidade, impacta a capacidade reprodutiva.

Exames de sangue para mensurar a quantidade de TSH e de outros hormônios relacionados à tireoide (como T4 e T3) são capazes de indicar tanto o hipo quanto o hipertireoidismo (produção pequena e excessiva, respectivamente) do TSH.
“O tratamento é simples: o uso de medicação diária, inclusive durante a gestação, para evitar o risco de abortamento”, afirma Artur Dzik, presidente da SBRH (Sociedade Brasileira de Reprodução Humana) e diretor do Serviço de Esterilidade do Hospital Pérola Byington, em São Paulo.

3 – Distúrbios na hipófise

Quando as funções da hipófise estão prejudicadas, ocorre o excesso de produção de um hormônio chamado prolactina, responsável por estimular a produção do leite materno. Por conta dele, aparecem dificuldades ovulatórias, de acordo com Dzik. O tratamento pode ser feito com medicamentos ou então cirurgias, mais raras.

4 – Ovulação desregulada

“Embora menstrue mensalmente, não necessariamente a mulher ovula”, declara Alexander Kopelman, ginecologista e laparoscopista do Hospital Santa Catarina, em São Paulo. Nesse caso, ela não tem chance de engravidar –e isso nada tem a ver com o uso prolongado de anticoncepcionais.

O problema aparece, geralmente, em mulheres com idade reprodutiva avançada (pois a qualidade do processo ovulatório cai, tal como a dos óvulos) e nas que apresentam ciclos menstruais muito irregulares.
Para diagnosticar o problema, a ginecologista e obstetra Karen Abraão recomenda a realização de exames de sangue que mensuram as taxas hormonais e de ultrassonografias ao longo do mês para acompanhar o percurso do óvulo até o final da ovulação. Outro exame que pode ser realizado é o do hormônio anti-mülleriano, que calcula a reserva ovariana no organismo.

No caso desse problema, uma saída é acompanhar, em casa, o andamento da ovulação. Hoje existem testes de farmácia, chamados de teste de fertilidade, capazes de detectar se aquele dia é mais ou menos favorável para a concepção.

5 – Síndrome dos ovários policísticos

Marcada pelo desenvolvimento de pequenos cistos nos ovários, impacta a regularidade da menstruação, pode provocar o aparecimento de muita acne e obesidade, além de comprometer a fertilidade. Para tratar o problema, os médicos podem optar por remédios que induzem a ovulação, inseminação artificial ou a indicação do método de coito programado, de acordo com Kopelman.

Doenças masculinas

1 – Varicocele

Caracterizada pelo aparecimento de varizes nos testículos, que surgem por causa da dilatação das veias na região, essa doença altera a produção de espermatozoides, conforme explica Kopelman.

O diagnóstico é simples. Geralmente, o próprio paciente ou o médico nota o aspecto dilatado das veias no saco escrotal. Quando comprovado que o problema é o motivo da infertilidade, é necessário fazer uma cirurgia para fazer a ligadura das veias com varizes.

2 – Sífilis e gonorreia

Essas doenças infecciosas podem causar a diminuição da mobilidade de espermatozoides, além da quantidade e da qualidade de produção. Ambas são diagnosticadas realizando exames que medem a quantidade de leucócitos no sangue. A ginecologista e obstetra Karen Abraão explica que para tratá-las são receitados antibióticos tanto para o homem quanto para a parceira.

Além desses problemas, os médicos chamam atenção para uma questão nem sempre encarada como doença: a obesidade. Seja no homem, seja na mulher, ela pode bagunçar os planos de quem planeja uma gravidez. Dzik explica que se o índice de massa corpórea (IMC) estiver acima de 30 ou 35, a capacidade ovulatória sofre, tal como a qualidade seminal.

“Além disso, é comum em obesos a diminuição da libido, que também influencia diretamente a questão da concepção”, diz o profissional.

Geledés

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