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O desabafo da mulher que foi queimada pelo próprio marido

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Mulher que teve corpo queimado e filhos assassinados pelo marido faz alerta contra violência doméstica

Bárbara Penna pede que mulheres não repitam o seu erro e denunciem violência doméstica (Reprodução)

A jovem Barbara Penna, de 20 anos, que teve parte do corpo queimado pelo marido há seis meses, fez um desabafo contra a violência doméstica. Na época, os dois filhos dela morreram no incêndio, em Porto Alegre (RS).

Barbara compareceu à Assembleia Legislativa do Estado para falar pela primeira vez sobre a violência que sofreu. No dia da tragédia, ela acordou com seu marido João Guatimozin Moojen Neto, de 22 anos, agredindo-a. A jovem pediu que parasse com as agressões para não acordar as crianças. Além disso, ela o perdoaria e ninguém ficaria sabendo que ele batia nela. Moojen a ameaçou mais uma vez de morte e continuou as agressões.

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Barbara, que havia desmaiado, contou que acordou com o apartamento já em chamas. Ela correu para a cozinha, onde não havia grades na janela e gritou por socorro. Em seguida, o marido a arremessou do 3º andar. As duas crianças — um bebê de três meses e uma menina de dois anos — morreram. O vizinho Mário Enio Pagliarin, de 76 anos, também não resistiu. O suspeito, que confessou o crime e disse que era usuário de drogas, está preso.

Barbara foi socorrida em estado gravíssimo. Ela sofreu queimaduras graves por todo o corpo e ficou 38 dias internada na UTI. Para a jovem, nenhum tipo de violência deve ser tolerado.

“Eu queria fazer um apelo para que as mulheres denunciem, não deixem chegar nesse ponto que eu cheguei. Quando os homens começarem a agredi-las verbalmente já denunciem. É muito triste ter chegado até o ponto onde cheguei”.

A mãe de Bárbara também falou à Comissão sobre os aprendizados com o ocorrido e os medos que a família convive atualmente de que o agressor volte a procurar Bárbara após sair da prisão. Morgana Penna de Moraes recomenda que as mães e pais fiquem atentas aos companheiros das filhas, sugerindo também que as vítimas de agressão se afastem dos agressores e deixem a ajuda psiquiátrica para os médicos.

com informações de R7