O lanche feliz brasileiro que o McDonald’s não quer mostrar: rede de fast food foi obrigada a servir arroz com feijão mas, mesmo à venda, não mostra a opção aos clientes
A rede de fast food McDonald’s, essencialmente ligada à venda de hambúrgueres, já fez, ao longo dos anos, pequenas variações no cardápio com o intuito de oferecer opções “saudáveis”, como saladas ou frutas. O que pouca gente sabe e, aparentemente, a rede faz questão que continue assim, é que pratos executivos de arroz com feijão, tradicional da cozinha brasileira, também estão à venda.
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Obrigada pelo Ministério Público do Trabalho a oferecer pratos mais sintonizados com a cozinha local aos funcionários, que não aguentavam mais comer hambúrgueres no intervalo, a rede passou a servir e comercializar refeições executivas que, além de arroz e feijão, acompanham frango, peixe ou carne bovina, além de salada, água ou suco e uma maçã de sobremesa. Em São Paulo, o prato custa R$23.
Acontece que o “PF” do McDonald’s não aparece em nenhum cardápio visível ou painel de nenhuma das unidades da rede que existem no país. Caso queira, o cliente deve pedir aos funcionários para ver as opções de pratos executivos que, em geral, ficam em um cardápio embaixo do balcão.
Em entrevista ao site Bloomberg, Ana Apolaro, diretora de recursos humanos da Arcos Dorados, a operadora da rede no Brasil, afirmou que é política do McDonald’s servir internamente a mesma comida que é servida aos clientes, mas que divulgar o prato de arroz e feijão não está dentro dos planos de marketing da companhia.
Comida inadequada
O McDonald’s foi obrigado a começar a servir a refeição com arroz e feijão depois que o sindicato que representa os 30 mil funcionários da empresa no estado de São Paulo entrou com uma denúncia contra a rede no Ministério Público do Trabalho, alegando que o Big Mac que lhes era oferecido nos intervalos não era saudável. A ação começou a valer em 2012.
No Rio Grande do Sul, em 2010, a Arcos Dorados foi obrigada por um tribunal do estado a pagar US$ 14 mil a um ex-gerente da rede, que alegou ter ganho 30 quilos em dez anos de trabalho em uma das lojas, onde só comia sanduíches.
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