Ao lado de Aécio Neves, no último 1º de maio, Paulinho da Força sugeriu a prisão da presidente Dilma Rousseff. Parlamentar tem telhado de vidro (Divulgação)
Paulinho da Força, que sugeriu a prisão de Dilma na Papuda, é alvo de investigação da Corregedoria Geral da Administração do Estado, acusado de improbidade administrativa e usurpação de função pública
Quinze dias depois de ter sugerido “Dilma na Papuda”, em seu discurso no 1º de Maio da Força Sindical, na Praça Campo de Bagatelle, zona norte de São Paulo, o deputado Paulo Pereira da Silva (SDD-SP), o Paulinho da Força, tem sua pasta investigada pela Corregedoria Geral da Administração, ligada ao governo do estado.
As investigações apontam irregularidades na Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho (Sert), pasta comandada por Paulinho desde 2012 – em troca do apoio ao governador tucano Geraldo Alckmin – e cheia de aliados do PDT, agora no Solidariedade, partido criado pelo deputado paulista no ano passado.
A sindicância concluiu que houve “ato de improbidade administrativa” e usurpação da função pública por parte de Alexandre Pereira da Silva, filho de Paulinho, enquanto ele trabalhou na Secretaria. Segundo reportagem da jornalista Julia Duailibi, Alexandre foi contratado por meio de uma fundação por tempo restrito, mas atuava como coordenador de Operações sem ter sido nomeado para o cargo.
A Corregedoria propõe agora a suspensão de três servidores ligados ao deputado que não coibiram as ações do filho de Paulinho. Além de Alexandre, o sindicalista indicou os sindicalistas Carlos Ortiz, que foi secretário até 2013, e Tadeu Morais, secretário atual, para trabalhar na Sert. A direção do órgão também é ligada ao parlamentar.