Redação Pragmatismo
Homofobia 23/Mai/2014 às 16:37 COMENTÁRIOS
Homofobia

Psicóloga cristã diz que não é homofóbica

Publicado em 23 Mai, 2014 às 16h37

Cassada pelo Conselho Regional de Psicologia do Paraná, Marisa Lobo se declara injustiçada: “Não sou homofóbica, esse povo que é cristofóbico”

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“Meu erro foi não querer tirar ‘psicologia cristã’ do meu site”, diz Marisa Lobo (Reprodução)

Marisa Lobo foi cassada pelo Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) na sexta-feira (16). O processo corria em sigilo, mas o senador Magno Malta (PR) realizou um discurso no plenário do Senado revelando a decisão e defendendo a psicóloga. De acordo com Lobo, ela sofre perseguição religiosa pelo CRP. “Não sou eu homofóbica, esse povo que é cristofóbico”, declara.

A psicóloga afirmou que vai recorrer ao Ministério Público contra a decisão. Ela se diz inocente das acusações a respeito da “cura gay”. “Quem inventou isso foi a AGLBT [Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais]. Tenho pacientes muito respeitados que gostam de mim, que são homossexuais e que continuam homossexuais”, contou. “Meu erro foi não querer tirar ‘psicologia cristã’ do meu site”.

“Tentaram me enfiar o tempo inteiro nesse troço de homofobia. Eu tenho 49 amigos em um grupo de Whatsapp que são ex-homossexuais com suas famílias. E são seus meus amigos”, disse, para provar que não é preconceituosa. “A minha filha tem três amigas que são lésbicas. Olha como Deus é bom, né? E elas trabalham com a minha filha e dormem aqui na minha casa”.

Apesar de acreditar que a psicologia deva ajudar as pessoas a fazerem suas escolhas, Marisa responde que não pode orientar homossexuais a se tornarem heterossexuais. “A psicologia não pode [ajudar uma pessoa a se tornar ex-gay] porque o Conselho não permite”, explica. Para ela, isso é tirar “a liberdade das pessoas de não querer viver essa vida”.

Por nota, o Conselho Regional de Psicologia afirmou que não vai se manifestar sobre o caso. “As informações referentes ao processo são sigilosas até o resultado do julgamento, que ainda cabe recurso à instância federal”.

Isadora Otoni, Revista Fórum

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