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Turquia: 232 trabalhadores morrem em explosão de mina de carvão

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Explosão de mina de carvão mata centenas de trabalhadores na Turquia. Contagem mais recente cita 232 mortos, centenas estão soterrados no que já é considerado o pior acidente do país

Mais de 700 pessoas trabalhavam na jazida de carvão no momento da explosão na cidade de Soma, oeste da Turquia (Agência Efe)

Centenas de trabalhadores morreram após a explosão de uma mina de carvão no extremo oeste da Turquia na última terça-feira. Segundo informou hoje o governo turco, as últimas atualizações dão conta de que 232 pessoas morreram no grave acidente. O número de vítimas deve aumentar à medida que avancem as operações de busca e salvamento realizadas na cidade turca de Soma.

Conforme anunciado hoje pelo primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, ao visitar o local do acidente, o destino de cerca de 190 mineiros permanece incerto. No total, mais de 700 pessoas trabalhavam no local; centenas estão soterradas. O desastre já é considerado um dos piores no país, desde uma explosão de gás em 1992, que causou a morte de 270 trabalhadores próximo do Porto do Mar Negro de Zonguldak, no norte do país.

O ministro de Energia da Turquia, Taner Yildiz, disse que a explosão aconteceu a 200 metros de profundidade, a 2 km da entrada da mina, após um incêndio provocado por uma falha elétrica durante a troca de turno dos trabalhadores.

As equipes tentaram bombear ar para as galerias de dentro da mina, mas uma espessa fumaça dificulta o avanço da operação. Dezenas de parentes e colegas de trabalho dos mineiros soterrados se concentram em hospitais da cidade de Soma (a 600 km de Ancara) em busca de informações.

A mina pertence à Companhia Mineira de Carvão de Soma, que emprega 6,5 mil pessoas. Dezenas de manifestantes já se reúnem em frente à sede da empresa, em Instambul, para protestar. A polícia turca bloqueou o acesso à rua. Cerca de 800 studantes que marchavam de uma universidade na capital Ancara em direçaão ao Ministério de Energia foram reprimidos com bombas de gás lacrimogênio e canhões d’água pelas forças policiais.

O acidente reacendeu a discussão na Turquia sobre os baixos padrões de segurança desse tipo de trabalho. O partido de Erdogan, o AKP, havia rejeitado no mês passado um pedido da oposição para abrir um inquérito que apurasse os níveis de segurança das minas de Soma.

Em um comunicado divulgado à imprensa, a companhia responsável pela jazida, Soma Komur, considerou o episódio um “acidente trágico” e lamentou que, “infelizmente, alguns dos nossos empregados perderam a vida nesse acidente”. “O acidente aconteceu apesar de um máximo de medidas de segurança e de inspeções, mas conseguimos intervir rapidamente”, garantiu a empresa, que emprega 6,5 mil pessoas nas diversas jazidas da cidade.

O Ministério turco do Trabalho e da Segurança Social afirmou que o local foi inspecionado pela última vez em 17 de março, reforçando que as normas de segurança em vigência foram corretamente aplicadas.

O presidente da Turquia, Abdullah Gul, declarou que o governo não “poupará esforços e utilizará todos os recursos estatais para resgatar os mineiros que permanecem soterrados”.

com informações das agências Brasil, Efe e Opera Mundi