Pesquisa revela que uma única cédula de dinheiro abriga aproximadamente 26 mil bactérias
Uma única cédula de dinheiro contém aproximadamente 26 mil bactérias potencialmente prejudiciais à saúde humana, segundo uma pesquisa da MasterCard. Ainda assim, de acordo com a mesma pesquisa, a maioria das pessoas não lava as mãos após manusear dinheiro: apenas uma em cada cinco pessoas lava as mãos, mesmo que a falta de higiene das cédulas seja de conhecimento público e notório.
O estudo foi conduzido na Europa, e ouviu mais de nove mil consumidores em 12 países. As cédulas aparecem no topo de uma lista de itens potencialmente sujos, como corrimãos de transportes públicos e petiscos comunitários (como o amendoim nos bares). Os europeus, contudo, continuam mantendo o mau hábito de usar o papel moeda sem lavar as mãos depois. Três quartos das pessoas entrevistadas concorda que deveria ter mais cuidado.
O que a pesquisa revelou de mais curioso, no entanto, é que os hábitos potencialmente anti-higiênicos, como os listados acima, não são motivações suficientes para lavar as mãos. A pesquisa descobriu que é mais possível que as pessoas lavem as mãos após realizarmos outras atividades, como tocar um animal (46%) ou utilizar transporte público (36%).
A pesquisa inicial conduzida pela MasterCard, em parceria com a Unidade de Oxford, em 2013, mostrou que boa parte das pessoas supõe a quantidade de bactérias e potenciais danos à saúde. Mas o hábito de não lavar as mãos persistia. Para a psicóloga Donna Dawson, o costume está relacionado ao sentimento de sucesso no manuseio de cédulas e moedas. Haveria uma forma de poder econômico visível e de sucesso individual, o que leva as pessoas a não ter uma associação negativa ao dinheiro.
Outra descoberta da pesquisa da MasterCard apontou como quase quatro entre dez europeus (37%) disseram estar dispostos a fazer pelo menos uma pequena mudança em sua vida cotidiana para serem mais higiênicos. A maioria, segundo a pesquisa, afirma preferir substituir o dinheiro por pagamentos com cartão ou outros meios eletrônicos. O estudo ouviu 9.923 pessoas com mais de 18 anos no Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Dinamarca, Polônia, Turquia, Grécia, Hungria, Romênia, República Tcheca e Croácia.