Quatro coisas sobre a Copa do Mundo no Brasil que poucos sabem, todos deveriam saber, e têm pouco a ver com futebol
Apesar das controvérsias sobre a realização da Copa do Mundo no Brasil, um fato que é certamente positivo – e pouquíssimo divulgado – é que quatro dos estádios construídos para o evento esportivo somam 5,4 MW de produção de energia elétrica proveniente de células fotovoltaicas.
1. Estádio Mineirão – Belo Horizonte (1,4 MW)
O Estádio Mineirão, localizado na cidade de Belo Horizonte, é o primeiro estádio de futebol do Brasil equipado com painéis fotovoltaicos em sua cobertura, com capacidade de 1,4 MW, operando desde maio de 2013. O Mineirão foi inaugurado em 1965 e submetido a enormes modificações para se adequar às normas da FIFA, tendo atualmente capacidade para 62. 170 torcedores.
O novo sistema solar, que custou de 12,5 milhões de euros, direciona a energia produzida para a rede elétrica local, ao invés de abastecer diretamente o estádio, gerando o suficiente para suprir a necessidade de aproximadamente 900 residências por ano.
2. Estádio Nacional Mané Garrincha – Brasília (2,5 MW)
O novo estádio Mané Garrincha, com capacidade para 70.000 torcedores, conta com um sistema de captação de energia solar de 2,5 MW instalado no perímetro de sua cobertura. Outros aspectos importantes quanto à eficiência das instalações desportivas incluem um sistema de captação de água pluvial para sua reutilização e um sistema de iluminação com LEDs.
O estádio, que substituiu o antigo Estádio Mané Garrincha de Brasília, foi inaugurado em maio de 2013 e receberá uma série de jogos da Copa deste ano e diversos eventos das Olimpíadas do Rio em 2016.
3. Arena Pernambuco – Recife (1,4 MW)
Como todos os estádios construídos para o mundial, a Arena Pernambuco atende algumas normas de sustentabilidade ambiental como a captação de energia solar e água da chuva, ventilação natural e gestão de resíduos sólidos. Após servir aos jogos da Copa, será um equipamento multiuso destinado também a outros esportes, shows, feiras e convenções.
4. Maracanã – Rio de Janeiro (500 kW)
O projeto de remodelação, que respeita sua concepção original, incluiu a demolição completa do anel inferior para a construção de uma nova arquibancada com melhor visibilidade, a melhoria das monumentais rampas e a substituição de todos os assentos, além da instalação de uma nova cobertura que captará a água da chuva para reutilização. A fachada tombada pelo IPHAN permaneceu intacta.
Apesar dos avanços do Brasil em energia solar, há competidores da Copa do Mundo que não têm tanta sorte nesse aspecto. Uma ONG britânica informou que 11 dos países competidores produzem apenas o equivalente ou menos que o estádio de Brasília, destacando os desafios da pobreza energética.
Texto originalmente publicado no site upsocl.com com o título “Aqui hay 4 cosas del Mundial de Brasil que pocos saben y que todo el mundo deberias saber y tiene poco que ver com futebol”.