Maradona elogia Copa do Mundo: "Brasil ganhou como país". Ídolo argentino também comentou a campanha de descrédito enfrentada pelo Brasil antes da competição: "O que se pintava lá fora é que seria um caos. Parecia que teríamos de comprar uma arma ao desembarcar por aqui"
Uma das celebridades esportivas mais controvertidas do mundo, sem rivais nas escolhas políticas, dramas pessoais e capacidade de criar casos, o ex-jogador Diego Maradona é o torcedor número 1 da Argentina no Brasil. Ele está saboreando a ida da seleção de seu país, após 24 anos, a uma final de Copa do Mundo, além de estar se divertindo com a derrota da Seleção Brasileira, por 7 a 1, frente a da Alemanha. Estaria, em tese, numa situação para tripudiar do Brasil, mas sua opinião sobre o Mundial no País é bem diferente:
– O Brasil perdeu em campo, mas ganhou como país, resumiu ele, na quinta-feira 10, no programa De Zurda (de esquerda), que faz para a emissora Telesur, da Venezuela.
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Maradona indicou que a campanha de descrédito da capacidade de o Brasil organizar o Mundial, iniciada internamente, nas páginas da mídia tradicional, o deixou assustado, assim como a outros turistas:
– O que se pintava é que seria um caos. Parecia que teríamos de comprar uma arma ao desembarcar por aqui, comparou. “Mas não foi nada disso”.
O ex-jogador circulou por diferentes cidades, sendo visto em jogos da Seleção da Argentina e de outras equipes. Ele não deixou de ser vaiado, algumas vezes, pelo público, em ofensas que faziam referência à sua dependência química, enfrentada com um forte tratamento em Cuba. Por outro lado, foi saudado pelo cânticos de “Maradona é melhor que Pelé” entoados por milhares de argentinos que tomaram o País para acompanhar sua Seleção. Certamente a maior torcida estrangeira presente na Copa, os argentinos realizaram uma ‘invasão’ alegre e pacífica, premiada com a disputa da final da Copa.
Pelé, por outro lado, saiu da cena da Copa desde a terça-feira 8. Aquele deve ter sido talvez o dia mais triste da vida do “rei do futebol”. Naquela manhã, Edinho, seu filho, foi preso, em Santos, condenado a 33 anos de reclusão por lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas. À tarde, a equipe nacional sofreu a maior derrota de toda a sua história. O rei vinha acompanhando pessoalmente todos os jogos do Brasil no Mundial, mas agora está recolhido. Ele precisará ser forte para superar a tragédia familiar.
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