Escolas e hospitais bombardeados, mais de 750 palestinos mortos, sendo em grande parte crianças e mulheres não é desproporcional. Porta-voz israelense ironiza repúdio do Brasil ao massacre e diz que desproporcional é levar 7 a 1
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Yigal Palmor, condenou as críticas feitas pelo governo brasileiro ao “uso deproporcional da força israelense” em entrevista ao Jornal Nacional e ironizou o termo empregado pelo Brasil ao lembrar da derrota sofrida pela seleção brasileira para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo.
“A reposta de Israel é perfeitamente proporcional, de acordo com a lei internacional. Isso não é futebol. No futebol, quando um jogo termina em empate, você acha proporcional, e quando é 7 a 1 é desproporcional”, declarou Palmor.
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O porta-voz de Isarel também disse na entrevista, exibida nesta quinta-feira, que desproporcional “seria deixar centenas de pessoas mortas nas ruas de Israel”.
A dura resposta israelense foi dada depois de o Brasil ter chamado para consultas o seu embaixador em Tel Aviv, classificado de “inaceitável a escalada da violência em Gaza” e condenado “energicamente o uso desproporcioanl da força por Israel na Faixa de Gaza”.
O governo israelense já havia criticado a postura do governo brasileiro antes de Yigal Palmor falar ao Jornal Nacional. O mesmo porta-voz israelense havia dito ao jornal Jerusalem Post que o Brasil é um “anão diplomático”.
Em meio a troca de farpas, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, rebateu dizendo que “o Brasil é um dos 11 países do mundo que têm relações diplomáticas com todos os membros da ONU” e “um histórico de cooperação pela paz internacional”.
Mais de 750 palestinos já morreram desde o início da ofensiva israelense em 8 de julho.
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com agências