Empresária de Caetano faz com que seleção alemã remova vídeo "A Luz de Tieta"
Empresária de Caetano Veloso e ex-mulher do compositor, Paula Lavigne pediu uma "explicação formal" pelo uso sem autorização da canção e Seleção Alemã retira vídeo com a música "A Luz de Tieta"
A Federação Alemã de Futebol retirou de seus sites oficiais e páginas em redes sociais o vídeo que retratava a passagem da seleção do país pelo Brasil durante a Copa. Embalado ao som de “A Luz de Tieta”, o clipe foi removido após a empresária do compositor da canção tema, Caetano Veloso, pedir uma explicação sobre o uso da música sem aviso prévio nas redes sociais.
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De acordo com a Folha de S. Paulo, Paula Lavigne se manifestou nesta quarta-feira (10) com uma mensagem em sua página do Facebook ao compartilhar um artigo jornalístico: “O caso do vídeo oficial da seleção da Alemanha com a Luz de Tieta como trilha sem autorização, na coluna de Ancelmo Gois”.
A empresária Paula Lavigne, que gerencia a carreira de Caetano, entre outros artistas, já havia cobrado uma posição da federação da Alemanha na terça-feira (8) em uma conversa com a Folha de S. Paulo. “Poderíamos ter ido diretamente no Facebook e pedido para que tirassem o vídeo, mas preferimos tentar entender porque não pediram a autorização para utilizar ‘Tieta'”, comunicou.
Lavigne explicou ainda que não foi a questão de pagamento dos direitos autorais que incomodou Caetano. “Ele até achou o vídeo legal, curioso, é um clipe super alto astral mesmo. Mas nossa obrigação é só a de entender porque não pediram autorização”, informou a empresária.
Na terça-feira, Lavigne comentou com um tom bem-humorado o belo desempenho da seleção alemã na semifinal: “Vai germanada, com A Luz de Tieta e tudo..rs”.
Veja o clipe que faz o suposto uso indevido de “A Luz de Tieta” (postado extra-oficialmente por um usuário do Youtube):
Polêmicas
Paula havia se envolvido em outra polêmica no final do ano passado, desta vez relacionada às biografias não autorizadas. Como coordenadora da Associação Procure Saber, composta por personalidades como Caetano Veloso, Chico Buarque, Djavan e Milton Nascimento, ela defendia o direito constitucional que garante a inviolabilidade da vida privada, defendendo que personalidades públicas só podem ser biografadas com autorização.
Entretanto, o projeto criado pelo deputado Newton Lima (PT-SP), “que estabelece que as biografias de pessoas cuja trajetória pessoal, artística ou profissional tenha dimensão pública ou esteja inserida em acontecimentos de interesse da coletividade independe de autorização”, já foi aprovado na Câmara do Deputados e agora aguarda votação no Senado.
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