Jornalista Juca Kfouri sugere que brasileiro fique de olho em possível vingança da Fifa por causa de ação policial
Juca Kfouri, em seu blog
A prisão no Copacabana Palace de Raymond Whelan, diretor da Match, o braço da Fifa para venda de ingressos, é mais um dos gols que a polícia brasileira faz nesta velha prática da transnacional do futebol e um legado inestimável nesta Copa brasileira.
Se já não bastassem todos os escândalos recentes que mancharam indelevelmente a imagem da Fifa, a implosão de seu esquema de câmbio negro — que, posso afirmar sem nenhuma dúvida, funciona, no mínimo, desde 1998, na França, com ramificações, inclusive, nos “terceirizados” da CBF, que funcionam da mesma maneira –, fere definitivamente a instituição.
Whelan, que tem fortes relações com a cúpula do COL, certamente é apenas mais um testa de ferro dos poderosos e quanto mais fundo a polícia for mais gente graduada encontrará.
Não nos esqueçamos que um sobrinho de Joseph Blatter está ligado, de uma forma ou de outra, à Match.
Se a Fifa se vingará em campo do Brasil com seus apitadores dissimulados e seus apitos amestrados é algo que deveremos observar atentamente já a partir de amanhã.
Como será interessante observar se a rede montada pelo cartola brasileiro docemente exilado pelo mundo afora também será desbaratada.
Aí, será uma goleada, a revanche justa para tantos “pontapés no traseiro brasileiro”.
Importante: a Match estava em contato com o Rio-16 para o projeto de hospitalidade da Olimpíada.
Uma das empresas investigadas pela polícia, a Jet Set Sports, parceira da Match, é também parceira da Tamoyo Turismo, há muitos anos “a agência do olimpismo brasileiro”.
No Pan-2007, no Rio, ainda sob o nome de Byron, não Match como a empresa passou a ser chamada, essa mesma turma prestou seus serviços de hospitalidade.
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