Anúncios da Empiricus que se alastravam pela internet tinham slogans polêmicos: "E se Aécio Neves vencer?", "como se proteger de Dilma" e "o fim do Brasil?" eram alguns deles
Depois de obter do comando do Santander um pedido de desculpas e a demissão dos responsáveis por um relatório que previa caos econômico em caso de reeleição da presidente Dilma Rousseff, o PT comemorou, neste domingo, uma nova vitória. Por determinação da Justiça Eleitoral, o Google retirará do ar todas as peças publicitárias da empresa de análise de ações “Empiricus Research”, que, segundo o PT, também faziam “terrorismo econômico”.
Os slogans da Empiricus, que se alastravam pela internet, eram polêmicos. Um deles dizia “Como se proteger da Dilma”. Outro foi um dos primeiros a comparar a derrota da seleção brasileira na Copa por 7 a 1 para a Alemanha com dados econômicos (7% de inflação, 1% de crescimento), numa metáfora que, logo depois, foi usada por adversários da presidente Dilma na disputa eleitoral. O relatório mais fala até no “fim do Brasil”. Isso mesmo, o fim do Brasil.
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Ao anunciar formas de “proteger o seu patrimônio da Dilma”, a empresa cria um cenário de terror, creditando à reeleição da presidente uma possível oscilação do mercado financeiro. Tal qual fez o banco Santander nesta semana.
Além da propaganda contrária à Dilma, a empresa ainda criou chamadas favoráveis ao candidato da oposição, Aécio Neves. Ao abrir uma página vinculada a um anúncio da Empiricus e clicar em uma notícia sobre política, você corre o risco de se deparar com a seguinte mensagem: “E se o Aécio Neves Ganhar? Que ações devem subir se o Aécio Ganhar a Eleição? Descubra Aqui, já”.
O TSE considerou que os anúncios configuravam propaganda eleitoral irregular.