Assalto "cavalo de tróia" esvazia fábrica da Samsung. Quarenta mil peças foram roubadas. Mercadoria vale R$ 14 milhões
Usando a mesma estratégia que os gregos, nas páginas da literatura, usaram contra Tróia, pelo menos 20 bandidos roubaram na madrugada desta segunda-feira 7 a fábrica da Samsung, em Campinas.
Uma van que levava funcionários da empresa para o trabalho e levada para um local ainda desconhecido da polícia. Os bandidos usaram as roupas e os crachás do empregados feitos reféns.
Assim que entraram na empresa, o grupo dominou os seguranças do setor de entrega e, em seguida, os que estavam nas guaritas. Desarmados, eles teriam sido obrigados a fingir que nada de diferente estava ocorrendo.
Entre meia-noite e três horas da manhã, os ladrões carregaram sete caminhões com cerca de 40 mil peças. O valor da mercadoria foi estimado em R$ 14 milhões.
Ligação com Roubo da TAM
Semelhanças entre o roubo à fábrica da Samsung e o assalto ao galpão da companhia a aérea TAM Cargo no aeroporto de Viracopos, no final de 2012, chamaram a atenção da Polícia Civil de Campinas.
De acordo com o delegado Carlos Fernandes, titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), informações colhidas durante a investigação sobre o caso da TAM podem ajudar na elucidação do roubo à empresa coreana. Na época, alguns suspeitos de participação no roubo foram interrogados pela polícia.
Como ocorreu na Samsung, o galpão da TAM no Aeroporto Internacional de Viracopos foi invadido por um grupo armado com pistolas e metralhadoras. Depois de dominar e desarmar os seguranças, os bandidos renderam os funcionários e saquearam uma carga de produtos da fabricante Apple avaliada em R$ 3,9 milhões.
O bando fugiu sem ser perseguido e a carga não foi recuperada. A quadrilha tomou o cuidado de remover o sistema de monitoramento existente no local. O delegado já pediu à equipe de investigação para examinar o inquérito da TAM em busca de pistas.
A quadrilha que agiu na Samsung tomou uma van que transportava funcionários para entrar na fábrica e render os vigilantes. Os próprios funcionários foram obrigados a carregar cerca de 40 mil produtos eletrônicos em sete caminhões. De acordo com a empresa, o valor da carga roubada é de R$ 14 milhões. Até agora, a polícia só recuperou os celulares levados de funcionários e seguranças e descartados pelos bandidos.
Os veículos usados no roubo estão sendo procurados em todo o Estado. Informações sobre algumas características foram passadas às polícias rodoviárias estadual e federal. A polícia também monitora prováveis pontos de receptação da carga roubada na capital e no interior, já que os equipamentos provavelmente serão vendidos no mercado informal. De acordo com o delegado, o objetivo é recuperar os produtos e prender os criminosos.
com Agência Estado