A melhor Copa de todos os tempos, segundo jornalistas estrangeiros especializados, acaba de ser premiada com aquela que será, também, o melhor confronto de semifinais da história. Brasil enfrenta a Alemanha e Argentina encara a Holanda
Nem nos melhores sonhos seria possível imaginar uma final de Copa do Mundo tão épica quanto a que se desenha na próxima semana. Estarão em campo, na terça-feira, no Mineirão, e no dia seguinte, no Itaquerão, as quatro grandes superpotências do futebol mundial: Brasil, Alemanha, Argentina e Holanda. Um prêmio justo àquela que, fora de campo, já foi classificada, por torcedores e jornalistas especializados do mundo inteiro, como a #copadascopas.
No primeiro confronto, o Brasil, do gigante David Luiz, que será o capitão na ausência de Thiago Silva, pega a Alemanha do surpreendente goleiro Neuer, que, muitas vezes, joga avançado e faz o papel de último zagueiro, ajudando os alemães a encurralar os adversários. Será uma reprise da final da Copa do Mundo de 2002, na Coréia e no Japão, quando o Brasil se sagrou pentacampeão.
Na quarta-feira, Holanda e Argentina repetem a final de 1978, quando nossos vizinhos conquistaram seu primeiro título mundial, jogando em casa. Os holandeses passaram com dificuldades contra uma Costa Rica que levou a decisão para os pênaltis, mas o resultado foi justo. Num mundial de sonhos, como o que o Brasil realiza, a Costa Rica, com todo o respeito que merece, seria uma intrusa na festa final.
Ao todo, estarão em campo dez títulos mundiais: os cinco do Brasil, três da Alemanha e dois da Argentina. Isso sem contar as três finais já disputadas pela Holanda. Com essas quatro equipes em campo, qualquer resultado será normal. Finais entre Brasil e Holanda ou Brasil e Argentina, assim como Alemanha e Holanda ou Alemanha e Argentina serão absolutamente normais.
Qualquer uma delas teria grande significado. Se Argentina e Alemanha se enfrentarem, será um tira-teima das duas finais já disputadas entre as duas equipes, em 1986, vencida pelos argentinos, e 1990, quando os alemães levaram o título. Caso a Holanda dispute contra a Alemanha, poderá usar seus craques Robben, Sneijder e Van Persie para vingar a derrota da laranja mecânica, de Cruyff, em 1974. Uma disputa entre holandeses e brasileiros seria também a oportunidade perfeita, do ponto de vista holandês, para pagar três derrotas em mundiais. Essa sina amarga só seria compensada por uma eventual vitória contra o Brasil, em pleno Maracanã, o palco sagrado do futebol.
No entanto, a final dos sonhos seria mesmo entre Brasil e Argentina, que transformaria o Maracanã no palco da maior batalha de todos os tempos. Se o Brasil chega às semifinais desfalcado de Neymar, a Argentina também perdeu um dos seus: o atacante Di Maria. E se eles têm Messi, o Brasil tem David Luiz.
O Brasil, que realizou a melhor Copa do Mundo da história fora de campo, acaba de ser premiado com a melhor Copa de todos os tempos também dentro dos gramados. Um prêmio merecido.
247. Edição: Pragmatismo Político