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Você está na nova lista de prisões preventivas do RJ?

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Saiu a nova lista de prisões preventivas do Rio de Janeiro. Veja se você está nela

Leonardo Sakamoto

A Justiça do Estado do Rio de Janeiro determinou a prisão preventiva de 23 pessoas que seriam responsáveis por atos de vandalismo em manifestações. A lista incluía professores, estudantes, filósofos, ativistas, entre outros. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público baseado em inquérito policial. Todos os acusados seriam de grande periculosidade, de acordo com o o juiz responsável pelo caso.

Pesquisas indicam que parte da sociedade carioca quer que a lista se torne semanal, com sua divulgação feita a partir do Teatro Municipal e transmissão ao vivo pelas TVs. A institucionalização desses “pacotões” de prisões preventivas teria o objetivo de garantir os direitos fundamentais da população, tolhida e aflita diante das manifestações e do que os subversivos chamam de “liberdade de expressão”.

Em um furo de reportagem, este blog obteve a próxima lista de prisões preventivas. Veja se você está nela:

Olavo Trevisan: Estudante universitário. Flagrado com publicação de histórias em quadrinhos suspeitas sob o título de “Chico Bento”, de clara inclinação maoísta. A cartilha, que ainda não foi totalmente decifrada pela inteligência da polícia, pode ter o objetivo de incitar manifestações no campo, principalmente contra os produtores de goiaba. Investigações preliminares mostram que o material também poderia ser usado para implantar uma guerrilha nos moldes da do Araguaia.

Cristiane Almeida: A meliante é responsável pelas relações públicas da quadrilha. Seu disfarce é o de professora de educação artística na Escola Municipal Água Mole Pedra Dura, na Zona Norte. Possui acesso ilimitado a produtos como tinta guache, pincel atômico e papel craft, usados na fabricação de cartazes subversivos, pregando contra a ordem e o progresso.

Dante Souto: Pipoqueiro na região central da cidade, ele foi flagrado com óleo de soja em seu carrinho. A polícia técnica indicou que a substância pode ser utilizada na elaboração de bombas incendiárias que poderiam ser lançadas contra as forças de seguranças no próximo protesto, causando baixas e prejuízos incomensuráveis.

Janaína Souza: Pessoa em situação de rua. Bêbada, balbuciou perto de um policial palavras desconexas que os peritos afirmam que podem significar um código utilizado na comunicação desse movimento. É necessário prendê-la para identificar esse código, facilitando o trabalho de prevenção às ações do grupo.

Agnaldo “Sonzeira” Ramos: Cantor de MPB em bares subversivos, há tempos atua passando mensagens subliminares, formando de forma nefasta nossos jovens para que larguem uma vida produtiva e caiam na criminalidade. Os seus shows são, na verdade, um chamariz para as manifestações. Entre suas peças de propaganda estão “Apesar de Você”, “Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores”, “Domingo no Parque”, “O Bêbado e o Equilibrista” e, é claro, “Detalhes”.

Marcelo Gonçalves: O vendedor de biscoito Globo pediu para passar por baixo da catraca, justificando não ter dinheiro para pagar a passagem, em uma tentativa clara de convencer os demais passageiros a também subverterem as regras do coletivo. Investiga-se se ele é uma liderança do movimento que sob a justificativa de promover o “direito à mobilidade urbana” quer, na verdade, derrubar a República.

M.F: O menor deve ser apreendido por ter empinado uma pipa sem o uso de cerol, o que é muito suspeito.

Marta Freixo: Chapeira em uma lanchonete e casa de sucos, comentou com uma amiga que as contas que chegavam mensalmente em sua residência eram uma “bomba”. O risco de que ela seja uma espécie de Unabomber da Zona Norte explica o pedido de prisão preventiva. Além disso, seu nome é também um indício de que ela tenha ligação com o conhecido deputado carioca.

Padre Chico: O sacerdote da Igreja de Nossa Senhora dos Pecados Perpétuos conclamou os fiéis a “lutarem contra as injustiças do mundo” no que pode ser caracterizado como uma odiosa tentativa de manipulação da população através do uso da religião e um claro convite para que a congregação participasse das manifestações de rua. Ele deve ser interrogado para que dê mais informações sobre o meliante de codinomes “Jesus” e “Cristo” que teria sido o mentor das teses espalhadas pelo padre. A polícia – que detectou alta periculosidade em falas a ele atribuídas, principalmente as que fomentam a luta de classes – já está investigando e assim que souber o seu paradeiro, levará Jesus para averiguação.