Fátima Bernardes precisou interceder em 2010 para que o embate entre William Bonner e Dilma Rousseff não se transformasse em discussão de botequim
A entrevista de Dilma Rousseff para o Jornal Nacional na noite desta segunda-feira se transformou no assunto mais comentado nas redes sociais entre os brasileiros. A razão da expressiva repercussão está na postura adotada por William Bonner.
O âncora do principal telejornal da TV Globo interrompeu a atual presidente e candidata à reeleição 21 vezes em um período de pouco mais de 15 minutos. Enquanto o chefe de jornalismo do ‘JN’ era elogiado e criticado por internautas, analistas políticos afirmaram que Bonner jamais foi tão incisivo com um entrevistado – muito embora não tenha aliviado com Aécio Neves e Eduardo Campos.
Já na primeira pergunta, o apresentador repetiu 7 vezes a palavra ‘corrupção’ para questionar Dilma sobre os escândalos envolvendo seus ministérios. O embate entre ele e a presidente durou 7 minutos e 15 segundos.
Patrícia Poeta, espectadora, teve participação discreta, apesar do dedo em riste na face de Dilma para condenar ‘o problema da saúde’ nos governos do PT.
Filme que se repete?
A título de curiosidade e de comparação, Pragmatismo Político resgatou um trecho da entrevista de Dilma Rousseff na bancada do Jornal Nacional durante as eleições de 2010.
O vídeo mostra que o comportamento de Bonner não sofreu mudanças significativas de quatros anos para cá, só que a sua insistência em não permitir que a então candidata petista concluísse sequer uma frase parece ter constrangido sua companheira de bancada e esposa, Fátima Bernardes, que atravessou a fala do marido com o intuito de evitar que aquele embate se transformasse em discussão de botequim.
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