Veja oito temas que ficaram de fora do primeiro debate presidencial, realizado pela TV Bandeirantes, mas que podem (e devem?) aparecer nos próximos confrontos entre os candidatos
Confira os temas que ficaram à margem dos discursos de Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) durante o debate da TV Bandeirantes.
1. Desmilitarização das polícias
Defendida por militantes de direitos humanos, medida não foi mencionada pelos três candidatos.
2. Guerra ao tráfico e legalização da maconha
Somente a candidata do PSOL, Luciana Genro, tratou explicitamente dos dois temas, ao pregar uma revisão das políticas atuais em vigor. Ela defendeu descriminalizar o consumo da maconha e trocar o enfoque da repressão ao narcotráfico pela discussão aberta da questão das drogas com a sociedade.
Já Pastor Everaldo, do PSC, disse ser contrário à legalização das drogas.
Os três principais candidatos não trataram do tema.
3. Legalização do aborto
Único dos três principais presidenciáveis instado a se posicionar sobre o tema, Aécio Neves disse ser contrário à alteração da legislação em vigor, que prevê a possibilidade de aborto apenas em casos excepcionais – se a gravidez oferece risco à mulher, for resultado de um estupro ou se o feto for anencefálico.
Eduardo Jorge, do PV, disse ser favorável à legalização do aborto, enquanto Pastor Everaldo, do PSC, afirmou ser contra.
4. Casamento gay e direitos LGBT
Os três principais candidatos não trataram do tema.
Luciana Genro (PSOL) criticou Pastor Everaldo (PSC) pela atuação dele no Congresso para barrar iniciativa contra a discriminação sexual nas escolas.
O candidato do PSC defendeu que o casamento só seja permitido “entre homem e mulher”.
5. Cotas raciais
Tema não foi tratado por nenhum candidato no debate.
6. Redução da maioridade penal
Somente Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidelix (PRTB) se posicionaram sobre o tema, ambos favoravelmente à medida.
7. Reforma agrária
Apenas Luciana Genro (PSOL) abordou a questão, defendendo a medida.
8. Política externa
Única menção direta ao tema ocorreu quando Pastor Everaldo (PSC) questionou Dilma sobre financiamento do governo brasileiro à construção de um porto em Cuba e seus laços com o governo cubano (que ele chamou de “ditadura cubana”). A presidente disse que o financiamento favoreceu empresas brasileiras e gerará benefícios ao Brasil.
BBC