Redação Pragmatismo
São Paulo 04/Ago/2014 às 17:21 COMENTÁRIOS
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As terras contaminadas do Templo de Salomão

Publicado em 04 Ago, 2014 às 17h21

Terras contaminadas da USP Leste eram de Templo de Salomão. O envio de material contaminado foi feito em mais de 6 mil viagens de caminhão e teve autorização do diretor da EACH, Jorge Boueri Filho

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Terras contaminadas da USP eram do Templo de Salomão, diz MP (Pragmatismo Político)

Um inquérito do Ministério Público Estadual revelou que o depósito ilegal de terras na USP campus Leste foram retiradas do “Templo de Salomão”, da Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro do Brás.

A obra faraônica que custou R$ 680 milhões foi inaugurada ontem (31) e ocupa uma quadra inteira na região do Brás, em São Paulo. O Templo de Salomão é quase o dobro de altura do Cristo Redentor.

Leia também: O depoimento do jornalista que conviveu com Edir Macedo

O envio de terras contaminadas foi feito em mais de 6 mil viagens de caminhão, no período compreendido entre outubro de 2010 e outubro de 2011. Os depoimentos colhidos pela Promotoria do Meio Ambiente mostram que o então diretor da EACH, Jorge Boueri Filho, autorizou todas as operações do aterro ilegal.

Lixo orgânico

Na semana passada, a Justiça de São Paulo liberou a volta das aulas no campus da USP Leste, localizado em Ermelino Matarazzo, na Zona Leste. A decisão foi tomada a partir de um parecer técnico da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), órgão que deu aval para a liberação do uso do prédio. A área estava interditada desde 9 de janeiro, devido à contaminação do solo.

O local, onde o campus da Zona Leste foi construído, habitava um lixão de lixos orgânicos, antigamente. Entretanto, ao passar do tempo, este tipo de material começa a se decompor e expele o gás metano, o qual é tóxico e explosivo. Alunos, professores e funcionários fizeram uma greve em 2013 por conta desta contaminação. A paralisação durou 50 dias e a rotina normal da universidade voltou em 29 de outubro.

Relembre o caso no link a seguir com reportagem de março deste ano Inquérito do MPE traz revelações estarrecedoras

com GGN e Diário de São Paulo

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