Coordenadora de Marina sobre ética racial admite que equipe “errou ao não detalhar” políticas para religiões de matriz africana e diz que espera um governo Marina “pelo menos igual ao de Lula”
A coordenadora nacional de promoção da igualdade racial da campanha de Marina Silva diz que sua equipe errou ao não detalhar políticas para religiões como o candomblé e a umbanda – questões consideradas de primeira importância por representes da militância afrobrasileira.
“Como Marina, sou protestante e não tinha um acúmulo de conhecimento sobre políticas específicas para religiões de matriz africana”, diz Valneide Nascimento dos Santos.
Filiada ao PSB há 17 anos – “meu primeiro, único e último partido” -, Santos demonstrou diversas vezes admiração pelo ex-presidente Lula, criador de políticas como o Brasil Quilombola (destinado a comunidades tradicionais) e das cotas para estudantes negros em universidades.
“Se o governo Marina vai ser melhor que o de Lula, não sei. Queremos que seja no mínimo igual”, afirma.
A coordenadora de campanha adianta ainda que a política de cotas raciais de Marina deve ter horizonte máximo de 10 anos.
“Não quero que meus filhos e netos sejam cotistas daqui a 20 ou 30 anos”, diz.
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com informações de BBC
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